
Estratégia confidencial
Historicamente, equipes da Guarda Suíça Pontifícia e do Corpo de Gendarmaria do Estado da Cidade do Vaticano são responsáveis pela segurança do local. À Euronext, um porta-voz disse que os detalhes do esquema não serão divulgados devido à “natureza sensível de [suas] responsabilidades”.
Durante o funeral do pontífice, as autoridades usaram “bazucas” antidrone para neutralizar qualquer objeto voador que violasse zonas de exclusão sobre Roma, segundo o jornal italiano Corriere della Sera. Há expectativa de que a medida seja estendida para o conclave.
Com o objetivo de evitar vazamentos, o Vaticano informou que todos os sistemas de transmissão de sinais de telecomunicações móveis de rádio no território do Vaticano, excluindo a área de Castel Gandolfo, serão desativados a partir das 15h locais do dia 7.
Em 2013, ano em que Jorge Mario Bergoglio foi eleito Papa Francisco, trabalhadores colocaram um “piso falso” sobre os ladrilhos da Capela Sistina, onde a votação acontece, com bloqueadores eletrônicos, de acordo com a Reuters.
A capela e a casa de hóspedes onde os cardeais ficam passaram por uma varredura com scanners para identificar possíveis grampos com microfones escondidos. Uma gaiola de Faraday também foi instalada ao redor da Capela Sistina para bloquear sinais de escuta.

Juramento antigo
Durante a primeira reunião do conclave, cardeais fazem um juramento prometendo “manter sigilo escrupuloso sobre tudo o que for discutido nas reuniões dos cardeais, seja antes ou durante o conclave, e sobre tudo o que de alguma forma se relacione com a eleição do Romano Pontífice”.
Ao longo da eleição, os eleitores não estão autorizados a enviar cartas, escritos ou qualquer material impresso aos seus colegas cardeais, nem para fora. Os conclavistas também não têm acesso a jornais durante as discussões.
São necessários pelo menos 2/3 dos votos para eleger o pontífice — neste caso, 89 votos. As votações são feitas todos os dias, duas vezes pela manhã e duas vezes à tarde.
Deu em Olhar Digital