O presidente do Sistema FIERN, Roberto Serquiz, destacou nesta terça-feira (29) — durante reunião da diretoria da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em Brasília —, os principais assuntos que foram discutidos na segunda sessão do Conselho Temático de Micro e Pequenas Empresas (COMPEM).
Como presidente do COMPEM, informou aos demais diretores da CNI que o Conselho abordou, no encontro de segunda-feira (28), questões relacionadas a crédito e apoio para as indústrias que têm interesse em levar seus produtos ao comércio exterior.
Roberto Serquiz relatou que o COMPEM tratou de aspectos relacionados com a suspensão de crédito por parte da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).
A Finep é uma empresa pública responsável pelo fomento à ciência, tecnologia e inovação no país e que atua na implementação da Nova Indústria Brasil (NIB), por intermédio de linhas de crédito descentralizadas da Finep, como o Inovacred.
A suspensão começou em fevereiro. Na ocasião, a instituição informou que a decisão foi tomada devido ao esgotamento do limite orçamentário previsto para o primeiro semestre de 2025. Há uma preocupação com os impactos da interrupção para micro, pequenas e médias empresas do setor industrial, que serão impactadas.
“Essa descontinuidade cria uma instabilidade que não é boa, mas é importante saber que ocorre porque há demanda das micro e pequenas empresas por esses recursos, porque há cada vez mais necessidade de investimento em tecnologia e inovação. As MPEs são a mola mestre da neoindustrialização e o Brasil precisa muito delas”, ressaltou Roberto Serquiz.
O presidente da FIERN e do COPEM/CNI disse que o Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia vem minimamente atendendo enquanto a Finep recebe novo aporte.
Nessa reunião também foram apresentadas as alterações ocorridas na concessão do crédito consignado para o trabalhador. Agora o trabalhador, através de um aplicativo, consegue fazer uma demanda de crédito a vários agentes financeiros, ficando com mais opção de negociação. A própria concorrência, favorecer a menor taxa de juros. Por outro lado, as empresas passam a ter um custo administrativo maior.
Serquiz ainda informou o bom debate em torno do apoio da CNI na inclusão das MPEs no mercado internacional, onde os conselheiros chegaram à conclusão de priorizar o que o COMPEM constatou, que a participação em feiras internacionais é mais eficaz do que as rodadas de negócios.
“As feiras se destacam por propiciar conhecimento sobre tendências, além de inovações de produtos, processo e tecnologias, gerando mais oportunidade e qualificando o processo decisório de investimento”.
Também participaram da reunião, o vice-presidente da FIERN, Francisco Vilmar Pereira, e o diretor 1º secretário Heyder Dantas.