A oposição conseguiu, nesta terça-feira (29), as 171 assinaturas necessárias para a criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O requerimento para a criação da comissão é do deputado federal Coronel Chrisostomo (PL-RO) e ela tem sido chamada de “CPI do roubo dos aposentados”. O alto valor desviado, segundo o deputado, coloca o tema como importante para investigação entre parlamentares.
Chrisostomo celebrou ter conseguido as assinaturas necessárias.
“Vamos mostrar para o Brasil que essa CPI vale a pena, porque é a favor dos aposentados”, disse no plenário. Para uma CPI ser instalada, é necessário o apoio de pelo menos um terço dos membros da Câmara dos Deputados. Após isso, são indicados os membros da comissão.
Nesta terça, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, esteve na Câmara para falar sobre a investigação que apura o desvio de R$ 6,3 bilhões por meio de descontos não autorizados dos beneficiários do INSS, entre 2019 e 2024.
Em sua fala, ele admitiu que houve demora na apuração sobre a fraude e que a prática ocorre há anos no INSS.
“A Previdência Social tem problemas de fraude há muitos anos. Não é de hoje, há muitos anos. Coibir essa fraude é uma tarefa muito difícil, porque como já falei, não é uma estrutura micro, como você pode assinar um papel e resolver”, afirmou.
O caso é investigado pela PF (Polícia Federal) e pela CGU (Controladoria-Geral da União). Segundo a apuração, os aposentados e pensionistas eram cadastrados sem autorizar em associações que oferecem serviços. Com isso, um valor era descontado do benefício todo mês.
O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido.
Deu em R7