História 27/04/2025 19:09

Ex-agente da CIA afirma existir novas pistas de que Hitler fugiu para a Argentina

O ex-espião da CIA, Bob Baer afirmou que existem documentos argentinos que evidenciam o verdadeiro paradeiro de Adolf Hitler. O antigo agente da inteligência americana sinaliza que as provas indicam que o ditador alemão forjou a própria morte e, na verdade, escapou para a Argentina.

Em entrevista ao jornal Daily Mail, no domingo (6) de abril, Baer declarou que muito dinheiro foi investido na criação de um complexo em Misiones, uma área isolada na Argentina. No local, foram encontradas moedas alemãs do período da Segunda Guerra Mundial.

“Muito dinheiro foi investido em um complexo com encanamento e eletricidade no meio do nada”, disse. “Se você fosse esconder Hitler, seria ali que faria isso”, acrescentou.

Bob Baer trabalhou por 21 anos como espião e acredita que a série de documentos, autorizada a ser divulgada por ordem do presidente argentino Javier Milei, pode esclarecer possíveis conexões entre o ditador alemão e o governo sul-americano que teria o ajudado a se esconder.

Ainda sem data definida para a divulgação dos documentos, Bob Baer, de 72 anos, afirma que os arquivos sobre nazistas que fugiram para a Argentina após a Segunda Guerra envolvem autoridades argentinas, além de esquemas de lavagem de dinheiro e outras operações ilícitas em apoio aos nazistas em fuga.

Baer espera por documentos e registros financeiros que indiquem tanto o envolvimento do governo na construção de um possível esconderijo nazista na província de Misiones, descoberto durante uma escavação arqueológica em 2015, quanto o apoio do presidente Juan Perón a um laboratório de fusão nuclear nos anos 1950, liderado por um cientista nazista em uma ilha vazia.

Versão dos historiadores

A maioria dos historiadores concorda que Adolf Hitler e Eva Braun, recém-casados, morreram por suicídio no bunker subterrâneo do Führer, em abril de 1945, enquanto as forças soviéticas avançavam sobre Berlim.

Segundo a versão oficial, os corpos de Hitler e Eva Braun foram parcialmente queimados e enterrados em uma cratera rasa formada por uma explosão. Posteriormente, ao serem exumados, as autoridades soviéticas identificaram ambos por meio de registros dentários.

Seus restos mortais foram mantidos na Alemanha Oriental até que agentes da KGB destruíram os de Hitler em 1970, preservando apenas um fragmento da mandíbula e parte do crânio, levados para Moscou.

Os milhares de criminosos da guerra nazistas conseguiram fugir para a América do Sul por meio de rotas de fuga clandestinas, buscando trégua dos crimes cometidos.

Teorias sobre Hitler

Logo após a morte do ditador, surgiram teorias afirmando uma suposta fuga, embarcado em um voo para as Ilhas Canárias e, de lá, seguido em um submarino rumo à América do Sul.

Inicialmente tratadas como teorias da conspiração, essas suposições ganharam novo peso em 2009, quando testes de DNA revelaram que o fragmento de crânio preservado por décadas em Moscou, e atribuído a Hitler, na verdade pertencia a uma mulher de 20 a 40 anos de idade.

Para Baer, essa imprecisão é um grande mistério a ser resolvido.

“Um dos grandes mistérios da história, para o qual provavelmente nunca teremos uma resposta completa”, disse.

Documentos da CIA

Em 2017, vieram à tona documentos da CIA. Um deles revela que, em 1955, a inteligência americana recebeu uma fotografia de um suposto sósia de Hitler tirada na Colômbia, sugerindo que o ditador nazista poderia estar vivendo na América do Sul sob uma identidade falsa, uma década após a queda da Alemanha nazista.

Ainda assim, a própria CIA divulgou uma autópsia confirmando o suicídio de Hitler no bunker.

Para Bob Baer, o simples fato de a CIA ter considerado investigar já demonstra que a sobrevivência de Hitler era, no mínimo, vista como uma possibilidade pelas autoridades em Washington.

“A CIA não é movida pela curiosidade de agentes de campo, se, dez anos após o fim da guerra, a CIA ainda está considerando esses relatos, independente das pessoas acreditarem ou não, isso mostra que havia uma crença dentro do Poder Executivo dos EUA de que Hitler poderia ter escapado”, aponta.

Por outro lado, o Dr. John Cencich, ex-investigador de crimes de guerra da ONU, disse em entrevista ao Daily Mail que os nazistas refugiados estavam desmoralizados e presos ao passado, sem qualquer possibilidade de reconstruir um novo império.

“Muitos deles ainda marchavam ao som da ideologia de Hitler, e talvez nem acreditassem que ele estivesse morto”, disse.

“Eram apenas ex-nazistas desmoralizados, vivendo no passado, que fugiram para a América do Sul em busca de proteção contra processos criminais”, finalizou.

Deu em R7

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista