O intuito é criar leis que vetam a publicidade não apenas das empresas que produzem tais combustíveis, mas também daquelas cujos produtos e serviços os utilizam. Ou seja, a proibição se estende a companhias aéreas e marcas de carro, por exemplo.
Haia, na Holanda, foi a primeira cidade do mundo a implementar tal proibição. A lei foi aprovada em novembro de 2024 e está em vigor desde o início deste ano. E a novidade tem ganhado cada vez mais adeptos.
A ONG World Without Fossil Ads se dedica exclusivamente a essa causa. No site da instituição é possível ver quais são os locais que já contam com alguma norma alusiva ao tema. Por lá também é possível acompanhar o desenrolar das decisões de gestores públicos ao redor do mundo.
As medidas favoráveis ao banimento da publicidade de combustíveis fósseis estão mais concentradas na Europa. Holanda e Reino Unido se destacam nesse cenário.
Um estudo publicado na revista Nature ouviu cidadãos de 13 países europeus para saber a opinião do público a respeito do assunto. De acordo com os autores, 46,6% dos entrevistados são a favor do banimento, 28,4% têm posicionamento neutro e 24,9% são contra.
Fora da Europa, apenas Austrália, Canadá e África do Sul já estão aderindo ao movimento de maneira efetiva. De acordo com a World Without Fossil Ads, a América Latina ainda não conseguiu pautar o debate junto ao poder público em nenhum país.
Será que veremos manifestações favoráveis ao banimento na COP30, em Belém do Pará? Ainda é cedo para saber, mas certamente esse é um tema que vem ganhando cada vez mais destaque entre os defensores do meio ambiente.
Deu em Galileu