Futebol 21/04/2025 07:49
Paiva explica ausência de reforços em derrota do Botafogo: “Não coloco porque custam R$ 50 milhões”
O Botafogo chegou a três jogos sem vitória no Brasileiro ao perder, neste domingo, para o Atlético-MG.
Quando optou por fazer substituições após a expulsão de David Ricardo, o técnico Renato Paiva levou Alex Telles, Mateo Ponte e Danilo Barbosa a campo. Patrick de Paula também entrou, e reforços como Rwan Cruz, Elias Manoel e Mastriani permaneceram no banco de reservas.
Perguntado sobre a não utilização dos recém-contratados em meio à busca por um gol no Mineirão, o português reforçou que suas escolhas não estão condicionadas aos valores investidos pelo Botafogo.
— Eu não coloco jogadores porque custam 50 milhões. David Ricardo jogou e não custa 50 milhões. O scouting do Botafogo é à prova de bala. Basta ver atrás ou só vemos o que se erra? Não podemos ver só o que se erra, mas o que se acerta também (leia a resposta na íntegra abaixo).
O técnico também defendeu a personalidade do time no Mineirão, mas apontou falhas defensivas no gol de Cuello. Gregore errou na marcação e deixou o rival cabecear, e John não foi na bola em sua pequena área.
No segundo tempo, David Ricardo – titular devido à ausência de Barboza, que sentiu incômodo muscular – ainda foi expulso por falta em Hulk, aos 15 do segundo tempo. O técnico português também citou o impacto da desvantagem numérica para o desenrolar do jogo do Botafogo.
Renato Paiva orienta time em Atlético-MG x Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
— Claramente, houve dois jogos aqui. Um 11 contra 11, e outro 11 contra dez. Já era difícil antes (com ambos os times completos), porque eu de fato tinha dito antes que é uma equipe do Atlético-MG que joga muito mais do que a classificação demonstra. O que nós fizemos aqui foi com muita personalidade.
Sabemos como o Atlético-MG defende, muito homem a homem, conseguimos sair da pressão individual que nos exerceram e chegar ao último terço. Novamente, no último terço, não conseguimos definir a maior parte das jogadas. As melhores jogadas, as mais perigosas, no último passe, na última decisão, não conseguimos dar continuidade — disse Paiva, acrescentando:
— A equipe mostrou personalidade e esteve muito bem no jogo, na primeira trave. O Atlético-MG em uma ou outra bola parada criou situações de mais ou menos perigo, defesas não muito difíceis do John. Tínhamos o jogo mais ao menos controlado, tirando uma grande oportunidade em que Jair e Vitinho se embrulham.
Na segunda parte, até entramos bem, outra vez tentando chegar no gol adversário e depois sofremos um gol. Escanteio na pequena área. Quando isso acontece, já é um gol que não pode sofrer neste nível. Isso obviamente mexe com a equipe, que tentou reagir atrás do resultado.
Depois é o lance da expulsão, e acaba sendo muito mais difícil. É apostar no momento de transição, defender bem, controlar o ataque do Atlético-MG. Mesmo assim, conseguimos chegar várias vezes à área adversária. Não conseguimos finalizar. Mérito também para a bola parada do adversário, como é normal, mas temos que defender melhor.
O Botafogo volta a campo nesta quarta-feira, pela terceira rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores, contra o Estudiantes. No torneio sul-americano, o Glorioso é o terceiro colocado no grupo A, com três pontos. No Brasileirão, o Botafogo é o 14º, com cinco pontos.
— Eu não estou muito de acordo com a senhora, peço desculpas (time estar abaixo do que se espera). Os resultados refletem uma coisa, os resultados refletem outra.
Até vou dizer mais: os jogos que ganhamos até performamos pior. Fomos mais eficazes. Houve jogos em que jogamos pior e conseguimos ganhar. Contra o São Paulo foi uma muito boa exibição da nossa parte em termos ofensivos. Em termos defensivos, de fato, tivemos uma equipe muito espaçada em alguns momentos e depois com alguns erros acabamos quase que oferecer gols ao adversário. Mas é verdade que nós começamos muito bem o torneio.
Nos primeiros dois jogos do campeonato, não tivemos gol sofrido, o que não acontecia há muito tempo. Mas isso não são medalhas. O que queremos é seguir e acho que estamos sofrendo gols que são perfeitamente evitáveis. Há gols mais evitáveis que outros e acho que há gols que nós estamos permitindo que são evitáveis. O gol do Bragantino é mais uma bola parada. Acho que a equipe tem crescido, fez um jogo muito interessante em termos ofensivos contra o São Paulo, repito, e hoje, outra vez, fizemos um primeiro tempo de muita qualidade.
Temos que entender contra quem estamos jogando e onde. Efetivamente, concordo, os resultados não estão aparecendo. Portanto, a fase não é boa, mas esse grupo já sabe o que é isso, já teve momentos difíceis e já reverteu. É isso que faremos com trabalho.
— Eu não coloco jogadores porque custam 50 milhões. David Ricardo jogou e não custa 50 milhões. O scouting do Botafogo é à prova de bala.
Basta ver atrás ou só vemos o que se erra? Não podemos ver só o que se erra, mas o que se acerta também. Acho que o scouting do Botafogo, o mesmo que trouxe o Rwan foi o mesmo que trouxe o Luiz Henrique, o Almada e o Junior Santos e outros. É infalível? Não.
Fiz parte do scouting do Benfica que é um dos melhores do mundo e não é infalível. Já que vamos tratar homem a homem, Rwan Cruz vem de uma realidade muito diferente na Bulgária, precisou tratar de coisas pessoais e ficou um tempo sem treinar. Então temos que adaptá-lo ao futebol brasileiro.
O Elias Manoel, a mesma situação, vem da MLS, uma realidade diferente. Ainda não conseguiram dar essa resposta, mas não quer dizer que não vão dar. Temos que perceber o momento de colocá-los. Entendemos que ainda não. O Nathan chegou lesionado, quando melhorou voltou a se lesionar. Não pude contar com o Nathan. Convém olhar sempre para o bem para o mal. O scouting do Botafogo trouxe o Igor Jesus que estava na seleção brasileira.
— Para além da questão do seu colega, sobre o scout e jogadores que não são utilizados, ainda temos os jogadores alguns jogadores que foram importantes na caminha do ano passado que não estão por lesão, caso do Bastos, que é um pilar da defesa.
Substituído por Jair que tem dado conta do recado de forma fantástica proque é um menino com um futuro muito brilhante pela frente, e o presente é importante também.
— Como sempre digo, há problemas e eu tenho que encontrar soluções. Hoje foi o David Ricardo, zagueiro canhoto, que é quem naturalmente substitui o Barboza. Barboza tem um desconforto muscular, não consigo dizer se até quarta ele vai conseguir estar preparado para o jogo ou não. Vamos aguardar, esperar que ele faça os tratamentos e ver se ele consegue dar uma resposta. Se não conseguir, vai entrar alguém e estaremos com 11 com certeza.
Deu em GE
Descrição Jornalista
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