Empresas 21/04/2025 15:45
Muitas marcas chinesas enfrentam riscos de falência — sem uma medida estratégica importante, o crescimento pode se tornar insustentável nos próximos anos
Em meio à crescente competição no mercado de veículos elétricos, especialistas alertam que algumas das marcas chinesas mais conhecidas da China estão em risco. NIO, Xpeng e Li Auto, que hoje chamam atenção por sua tecnologia e inovação, podem desaparecer se não adotarem uma estratégia decisiva de sobrevivência.
Apesar do foco mundial nas tarifas, nas regras rígidas da Europa e na expansão das marcas chinesas, pouco se discute sobre a pressão interna que essas mesmas empresas enfrentam na China.
Nos últimos anos, surgiram diversas montadoras no país, o que aumentou a competição e dificultou a permanência de empresas menores no mercado.
Segundo o professor Zhu Xican, da Escola de Engenharia Automotiva da Universidade Tongji, o ambiente é tão competitivo que marcas conhecidas não têm garantias de sobrevivência.
Em entrevista ao site AutoMarketHotTopics, Zhu afirmou que NIO, Xpeng e Li Auto não conseguem se sustentar de forma independente.
Para ele, o único caminho possível é por meio de fusões e parcerias estratégicas. Caso contrário, os altos custos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e a baixa escala de produção podem levá-las ao fracasso.
Zhu explica que nenhuma fabricante que venda menos de dois milhões de carros por ano será capaz de sobreviver.
Isso porque, com uma produção pequena, os custos de inovação se tornam muito altos. E se não houver investimento suficiente em P&D, o avanço tecnológico para e a empresa desaparece.
Cada uma das três montadoras enfrenta problemas específicos. A Xpeng, por exemplo, foca demais em software e negligencia o hardware dos carros.
Já a NIO se concentra na experiência do usuário, mas não investe o suficiente em desenvolvimento. A única exceção, segundo Zhu, é a Li Auto. Ele afirma que essa marca é a mais equilibrada, por evitar os erros das concorrentes.
Não há informações sobre quais empresas poderiam se unir a NIO, Xpeng e Li Auto. É possível que essas marcas sejam absorvidas por grandes grupos automotivos como SAIC, Geely ou BYD.
Outra hipótese é que se unam entre si ou busquem parcerias com outras companhias de médio porte. O objetivo seria compartilhar recursos e se fortalecer no mercado.
Li Yanwei, membro do Comitê de Especialistas da Associação de Concessionárias de Automóveis da China, também comentou o cenário.
Para ele, há marcas demais no setor e muitas deveriam encerrar as atividades.
Segundo Li, é improvável que pequenas montadoras sobrevivam, principalmente por causa da presença dominante da BYD. Ele acredita que poucas empresas conseguem oferecer algo realmente relevante em comparação.
Durante a entrevista, também foi mencionado o caso da Xiaomi. A empresa lançou recentemente o carro elétrico SU7, que tem sido bem recebido pelo público.
Os especialistas apontam que a força da marca Xiaomi garante confiança ao consumidor.
Segundo eles, o sucesso da empresa dá segurança para quem compra, já que não há medo de fechamento da fabricante ou queda brusca no valor de revenda do veículo.
A comparação com a Xiaomi reforça a ideia de que apenas marcas fortes e bem estruturadas terão espaço no futuro do setor automotivo chinês. O mercado se mostra cada vez mais exigente — e nem mesmo as empresas mais populares estão imunes às mudanças.
Deu em CPG
Descrição Jornalista
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