Economia 19/04/2025 07:08
Brasil e BRICS movimentam US$ 234,8 bilhões em 2025, superando os EUA como principal bloco comercial, comércio exterior brasileiro atinge US$ 608 bilhões
O comércio exterior do Brasil e BRICS atingiu um novo patamar até março de 2025, com US$ 608 bilhões movimentados. A parceria com o bloco BRICS ampliado lidera a corrente comercial, enquanto os EUA perdem espaço.
O Brasil e BRICS consolidaram uma aliança estratégica em 2025. De acordo com dados do ComexStat, o país registrou US$ 608 bilhões em transações internacionais até março, o segundo maior valor da história. Desse total, US$ 234,8 bilhões foram movimentados apenas com os países do BRICS ampliado, o equivalente a 38,6% da corrente comercial brasileira.
A liderança dentro do bloco segue com a China, que movimentou US$ 159,9 bilhões com o Brasil, representando sozinha 26,3% da corrente comercial total. Mesmo com uma leve queda de 0,7% em relação a 2024, a China mantém sua posição como principal parceiro comercial brasileiro.
O novo BRICS conta com 9 países plenos e 13 associados, incluindo Rússia, Índia, Egito e Emirados Árabes Unidos. A movimentação total com esses países mostra o avanço da influência do Sul Global na economia do Brasil e BRICS, superando blocos tradicionais como a União Europeia e os Estados Unidos.
Os EUA, por exemplo, mantêm corrente de comércio estagnada, com US$ 82,2 bilhões em 2025, queda de 4,1% em relação ao ano anterior. Em 2004, eles representavam 21% do comércio brasileiro. Hoje, essa fatia caiu para 13,6%. O saldo com os americanos continua superavitário, em US$ 7,5 bilhões, mas a tendência é de retração na relevância estratégica.
As exportações do Brasil e BRICS continuam sendo impulsionadas por commodities, especialmente para a Ásia e Oriente Médio. Países como Índia e Rússia apresentaram crescimento significativo no comércio com o Brasil: +12,4% e +10%, respectivamente. A União Europeia também subiu 9,9%, somando US$ 97,7 bilhões.
Já o comércio com o México sofreu queda de 5,6%. Com a Argentina, a movimentação foi positiva, atingindo US$ 29 bilhões, com alta de 5,8%.
O avanço do BRICS ampliado sobre a corrente comercial do Brasil indica uma clara guinada na estratégia geoeconômica. O país diversifica suas parcerias, priorizando o Sul Global e fortalecendo laços com países emergentes. A consolidação dessa tendência poderá impactar diretamente a política externa brasileira nos próximos anos.
A balança comercial permanece superavitária, sustentada pela forte demanda externa, sobretudo nos países do BRICS. A nova composição de parceiros sinaliza um deslocamento do eixo tradicional de poder econômico para um cenário mais multipolar.
Deu em CPG
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