Emprego 18/04/2025 10:00
Estudo alerta: fim da escala 6×1 pode eliminar até 18 milhões de empregos
A proposta legislativa de Érica Hilton (Psol-SP), que sugere a abolição da conhecida escala de trabalho 6×1 — seis dias laborados para um de descanso —, pode gerar consequências significativas na economia, de acordo com uma análise da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).
A iniciativa da representante do Psol visa estabelecer uma jornada semanal de trabalho de quatro dias, seguida por três dias de descanso.
O estudo da FIEMG, apresentado nesta quarta-feira, 16, sinaliza a possibilidade de perda de até 18 milhões de empregos se não houver um aumento proporcional na produtividade.
O estudo indica que haveria um aumento significativo nos custos operacionais das empresas, o que prejudicaria a competitividade da indústria e acentuaria a informalidade – que atualmente compõe 38,3% da força de trabalho no Brasil.
A pesquisa da FIEMG adverte sobre potenciais prejuízos no “Produto Interno Bruto”. A estimativa mais severa indica uma diminuição de até 16% na receita dos setores de produção, o que corresponde a R$ 2,9 trilhões. Mesmo com as atuais 40 horas semanais de trabalho, a folha de pagamento poderia sofrer um decréscimo de R$ 480 bilhões.
Ainda que em uma perspectiva positiva, com um aumento modesto de 1% na produtividade, o total de desligamentos excederia 16 milhões. As micro e pequenas empresas seriam as mais prejudicadas, por possuírem uma margem menor para suportar os custos extras.
Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, indicou a baixa produtividade como principal entrave ao desenvolvimento.
“Antes de discutir a redução da jornada de trabalho, o Brasil precisa enfrentar o seu maior desafio: a baixa produtividade”, disse Roscoe. “O trabalhador brasileiro produz, em média, apenas 23% do que um trabalhador dos Estados Unidos. Reduzir o tempo de trabalho sem elevar a produtividade é uma conta que não fecha e coloca em risco milhões de empregos.”
Ele menciona o caso de um pequeno restaurante. Com a diminuição da carga horária dos colaboradores, o dono teria que contratar mais trabalhadores e, como resultado, repassar os custos para os clientes. O crescimento dos preços impactaria diretamente a inflação.
A federação também chama a atenção para as possíveis repercussões no comércio internacional. Países como México, China, Vietnã e Índia operam com horários de trabalho mais extensos e possuem custos laborais mais baixos. Se a proposta for aprovada, ela pode desencorajar investimentos e intensificar o déficit industrial do Brasil.
Para a entidade, a prioridade deve ser o aumento da produtividade, e não a redução da jornada. As informações são da Revista Oeste.
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