O Brasil registrou a abertura de mais de 1,4 milhão de pequenos negócios nos três primeiros meses de 2025, segundo levantamento do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
O número exato chegou a 1.407.010 novos CNPJs até março, com destaque para os MEIs (microempreendedores individuais), que representam 78% do total.
O crescimento na formalização dos MEIs foi expressivo: 35% a mais do que no mesmo período de 2024. Já as MPEs (micro e pequenas empresas) também avançaram, com aumento de 28% nas aberturas no primeiro trimestre.
Serviços dominam os novos negócios
O setor de Serviços segue sendo o principal motor do empreendedorismo no país. Em março, 63,7% dos pequenos negócios abertos estavam nessa área, somando 257.156 registros. Em seguida aparecem os setores de Comércio (20,8%), com 83.921 registros, e Indústria da Transformação (7,6%), com 30.859.
MEIs mais comuns: entrega, beleza e ensino
Entre os MEIs, as atividades com maior número de registros em março foram:
- Transporte rodoviário de carga – 20.526 registros
- Atividades de malote e entrega – 20.093
- Serviços de beleza e cabeleireiros – 18.278
- Publicidade – 18.139
- Atividades de ensino – 15.937
Já entre as micro e pequenas empresas (MPEs), os destaques foram:
- Atividades de saúde, exceto médicas e odontológicas – 5.620
- Serviços médicos e odontológicos ambulatoriais – 5.373
- Serviços de escritório e apoio administrativo – 4.888
- Restaurantes e estabelecimentos de alimentação – 3.563
- Publicidade – 2.661
Brasil sobe no ranking global de empreendedores estabelecidos
Outro reflexo dessa política aparece nos dados do Monitor Global de Empreendedorismo, pesquisa conduzida no Brasil pelo Sebrae em parceria com a Anegepe (Associação Nacional de Estudos e Pesquisas em Empreendedorismo). Segundo o estudo, 47 milhões de brasileiros estão à frente de algum tipo de negócio, formal ou informal.
A Taxa de Empreendedores Estabelecidos — que considera negócios com mais de 3,5 anos de operação — subiu de 8,7% em 2020 para 13,2% em 2024, o maior patamar em quatro anos. Com isso, o Brasil subiu duas posições no ranking global, passando da 8ª para a 6ª posição entre os países com mais empreendedores estabelecidos, à frente de potências como Reino Unido, Itália e Estados Unidos.
Além disso, a Taxa de Empreendedorismo Total (que inclui os empreendedores iniciantes) também cresceu, passando de 30,1% para 33,4% entre 2023 e 2024.