* Faz sentido? O Botafogo virou um time comum, após um 2024 maravilhoso, e quer ser protagonista, sem ainda ter condições para ser. Como jogar tocando bola em um gramado ruim, lento e contra um rival que tem como virtude a marcação avançada?
* Mesmo o Botafogo de 2024 não jogou com domínio em Bragança Paulista. Fez um jogo intenso, físico, de lançamento nas costas da defesa e ganhou no jogo aéreo (gol de Gregore). Com o de 2025 fica mais difícil ter o controle, ainda mais com a escalação que Renato Paiva colocou em campo.
* A começar pela equivocada escolha de Patrick de Paula. A simples entrada dele atrapalha Savarino (que vai para a ponta-esquerda) e Marlon Freitas (que perde espaço e opção de passe com PL fazendo a mesma função dele). Patrick entrou bem contra o Carabobo, mas foi como segundo volante, não jogando mais avançado.
* Para piorar, a atuação individual dos laterais foi bem ruim. Principalmente a de Alex Telles, que falhou duas vezes no gol. Mas Vitinho também não foi bem pelo outro lado. Cuiabano pede passagem pela esquerda, Mateo Ponte oscila e é opção na direita.
* O melhor Botafogo hoje é: John; Vitinho (Mateo Ponte), Jair, Alexander Barboza e Cuiabano; Gregore, Marlon Freitas e Savarino; Artur, Matheus Martins e Igor Jesus. Não há o que inventar, esse time precisa de ritmo, de sequência e de entrosamento.
* Renato Paiva é da escola de técnicos que demoram demais a mexer. Acertou com Cuiabano e Matheus Martins aos 15, piorou um pouco o time com Mateo Ponte e Santiago Rodríguez (que não produziram na direita) e acabou com o melhor momento do Botafogo ao tirar Marlon Freitas para colocar Mastriani aos 38. Perdeu a superioridade que tinha no meio e pouco acrescentou no ataque.
* O pior é notar que o Botafogo vem jogando fora o primeiro tempo nos últimos jogos e se soltando um pouco mais na etapa final. É preciso ter mais coragem e escalar jogadores que ataquem, que agridam o adversário, que sejam intensos. Ou, então, vai ficar Renato Paiva esbravejando na beira do campo querendo que jogadores façam o que não estão acostumados a fazer.