Poluição 12/03/2025 14:05
Apenas 7 países do mundo atendem aos níveis de qualidade do ar da OMS
A nova edição do Relatório Anual de Qualidade do Ar Mundial, publicada nesta terça-feira (11) destacou que, em 2024, a maior parte do mundo apresentou taxas elevadas de poluição.
O documento, desenvolvido pela empresa suíça de monitoramento IQAir, indica que apenas 7 países e 17% das cidades ao redor do globo atenderam às diretrizes estabelecidas em acordos.
O Brasil ocupa a posição 73 do ranking, que considerou 138 países. A cidade de São Paulo, por exemplo, está na categoria que excede entre 3 e 5 vezes o limite de material particulado estabelecido pela OMS – o mesmo vale para Salvador. Já na capital, Brasília, o total fica entre 1 e 2 vezes acima do recomendado.
Você por ver as cidades brasileiras analisadas neste link.
Para chegar a tais resultados, a companhia analisou dados provenientes de 40 mil estações de verificação da qualidade do ar, espalhadas pelos 138 países analisados.
Mas os responsáveis afirmam que a poluição do ar pode ser muito maior do que o valor encontrado, uma vez que diversas regiões, como na África e Ásia, ainda não contam com tantos equipamentos para registrar essas informações.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um local é considerado de baixa qualidade de ar quando ele apresenta uma taxa média de concentração de pequenas partículas perigosas no ar superior a 5 mg/m³.
Assim, Austrália, Nova Zelândia, Bahamas, Barbados, Granada, Estônia e Islândia foram os únicos países que respeitarem os limites médios de poluição atmosférica definidos pela OMS.
Enquanto isso, Chade (91,8 mg/m³) e Bangladesh (78 mg/m³) foram aqueles que mais apresentaram poluição em 2024, com níveis médios mais de 15 vezes maiores do que as diretrizes estabelecidas.
Junto deles, Paquistão (73,7 mg/m³), República Democrática do Congo (58,2 mg/m³) e Índia (50,6 mg/m³) formam o topo do ranking.
A Índia, inclusive, mostrou-se lar das sete cidades mais poluídas do mundo. Além disso, Byrnihat, no nordeste do território, apareceu como a pior delas, com uma taxa média de poluição calculada em aproximadamente 128,2 mg/m³.
Vale lembrar que, para além dos prejuízos ambientais, a baixa qualidade do ar pode estar associada ao desenvolvimento de uma série de problemas na saúde, como, por exemplo, doenças respiratórias, Alzheimer e até câncer.
Não à toa, a OMS estima que, a cada ano, a poluição mata cerca de 7 milhões de pessoas.
Houve um progresso notável na expansão do monitoramento da qualidade do ar em vários países, regiões e territórios nos últimos 12 meses. Nesta edição, os autores do conseguiram incorporar dados de 8.954 novas localidades.
No entanto, ainda existem lacunas consideráveis nos sistemas regulatórios operados pelo governo em muitas partes do mundo. Monitores de qualidade do ar de baixo custo — usados por cientistas cidadãos, pesquisadores, defensores da comunidade e organizações locais — provaram ser ferramentas eficazes para abordar essas lacunas de dados.
Esses monitores provaram aumentar a disponibilidade de dados cruciais sobre os níveis de poluição do ar em todo o mundo. Mas, de acordo com a agência Reuters, o monitoramento de dados sobre poluição do ar sofreu uma grande perda na semana passada, quando os EUA anunciaram que não tornariam mais públicas as informações recolhidas por suas embaixadas e consulados pelo mundo.
Christa Hasenkopf, diretora do Programa de Ar Limpo do Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago (EPIC), acredita que pelo menos 34 países perderão o acesso a dados confiáveis sobre poluição após o encerramento do programa dos EUA.
“A maioria dos países tem algumas outras fontes de dados, mas isso terá um impacto significativo na África”, afirma Christi Chester-Schroeder, gerente da IQAir, em comunicado. “Em alguns locais, essas são as únicas fontes de dados de monitoramento da qualidade do ar em tempo real disponíveis ao público”.
Pequim, Seul, Coreia do Sul e Rybnik são algumas cidades que, de alguns anos para cá, melhoraram com sucesso sua qualidade do ar. Esse efeito foi o resultado de um projeto político encabeçado por meio de regulamentações mais rigorosas sobre poluição de veículos, usinas de energia, indústria, energia limpa e transporte público.
Como lembra a Associated Press, outro esforço notável para conter a poluição atmosférica grave foi o acordo da Associação das Nações do Sudeste Asiático sobre poluição transfronteiriça por neblina.
Embora tenha tido sucesso limitado até agora, dez países na região se comprometeram a trabalhar juntos para monitorar e conter a poluição de grandes incêndios florestais, uma ocorrência comum na região durante as estações secas.
Shweta Narayan, líder de campanha na Global Climate and Health Alliance, disse à agência que muitas das regiões que testemunham a pior poluição do ar também são lugares onde gases que aquecem o planeta são liberados extensivamente por meio da queima de carvão, petróleo e gás:
“Cortar as emissões que aquecem o planeta para desacelerar o aquecimento do planeta também pode melhorar a qualidade do ar. A poluição do ar e crise climática são dois lados da mesma moeda”.
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