Comportamento 06/03/2025 10:25

Milionários do “baixo consumo”: Por que eles evitam carros de luxo, roupas novas e restaurantes caros mesmo tendo dinheiro para gastar? Entenda!

Em um mundo dominado pelo consumismo, um grupo seleto de milionários está redefinindo o conceito de riqueza. Conhecidos como os milionários do “baixo consumo”, essas pessoas preferem um estilo de vida baseado na austeridade e na simplicidade.

Ao evitarem luxo e priorizarem gastos estratégicos, eles acumulam grandes patrimônios e atingem objetivos financeiros como a aposentadoria antecipada ou maior flexibilidade no trabalho.

Milionários evitam luxo e gastam menos de US$ 4 mil por mês

Segundo a revista Fortune, os milionários do “baixo consumo” não buscam status por meio de bens materiais luxuosos. Em vez disso, reduzem ao máximo seus gastos supérfluos e focam no crescimento de seus investimentos. Um exemplo é a empresária multimilionária Shang Saavedra, que aluga uma casa modesta, dirige um carro usado de 16 anos e faz compras na seção de congelados dos supermercados.

Shang e seu marido priorizam investimentos de longo prazo que agregam valor à sua segurança financeira, como educação para os filhos e propriedades de alto rendimento.

Seu estilo de vida focado na simplicidade não apenas permite economizar, mas também proporciona maior tranquilidade financeira, especialmente em períodos de alto consumo, como as festas de fim de ano, quando seu maior gasto é com filantropia.

Ao contrário do que muitos pensam, adotar um estilo de vida austero não significa abrir mão do conforto ou viver em condições precárias. De acordo com o portal Living on a Dime, essa abordagem não significa pobreza, mas sim uma estratégia financeira inteligente.

Essa perspectiva se reflete em pessoas como Annie Cole, que, mesmo possuindo um patrimônio superior a um milhão de dólares, ajusta seus gastos para menos de US$ 4 mil por mês.

Principais estratégias dos milionários do “baixo consumo”

Entre as principais práticas adotadas por esses milionários, estão:

  • Uso racional de bens materiais: preferem roupas de segunda mão, preparam todas as refeições em casa e evitam compras impulsivas.
  • Investimentos estratégicos: alocam a maior parte de suas rendas em investimentos produtivos, como a bolsa de valores, imóveis e negócios lucrativos.
  • Mobilidade financeira: evitam dívidas desnecessárias e mantêm altos níveis de liquidez para garantir maior liberdade econômica.

Desafios enfrentados pelos milionários do “baixo consumo”

Esse estilo de vida não é adotado apenas por empresários e investidores, mas também por profissionais como o dentista Robert Chin e sua sócia Jessica Pharar, que compartilham trajetos para economizar com transporte e levam almoços caseiros para evitar gastos excessivos com alimentação.

A adoção desse estilo de vida, no entanto, enfrenta desafios culturais. Segundo o Yahoo! Financeredes sociais como TikTok e Instagram estimulam o consumismo e a aquisição de itens de luxo como símbolo de sucesso.

Essa pressão social pode dificultar a adesão a um modelo de vida mais austero. No entanto, movimentos como o Núcleo do Subconsumo buscam equilibrar essa narrativa, incentivando práticas financeiras mais sustentáveis e racionais.

Outro fator relevante é o impacto ambiental positivo desse comportamento. De acordo com a Living on a Dime, a redução do consumo não apenas fortalece a saúde financeira, mas também promove a sustentabilidade ao diminuir o desperdício de recursos e a produção de bens de curta duração.

Jovens da Geração Z também adotam esse estilo de vida

Não são apenas os milionários que estão aderindo ao baixo consumo. Segundo o BuzzFeed, jovens da Geração Z também estão adotando hábitos de consumo mínimo e compartilhando essa tendência no TikTok. Esse fenômeno, conhecido como Núcleo do Subconsumo, incentiva práticas como:

  • Utilizar produtos até o desgaste total antes de substituí-los;
  • Cozinhar em casa em vez de comer fora;
  • Evitar compras por impulso e promoções enganosas;
  • Reduzir a aquisição de itens de grife sem utilidade prática.

Apesar de parecer uma mudança autêntica, alguns especialistas questionam se essa tendência terá um impacto duradouro ou se será apenas mais uma moda passageira. Dominique Joane, influenciadora e criadora do primeiro vídeo sobre o tema no TikTok, afirma que é positivo ver o consumismo ser questionado, mas se pergunta se essa mudança de mentalidade realmente irá perdurar.

A abordagem dos milionários do “baixo consumo” demonstra que um alto patrimônio não precisa estar atrelado a um estilo de vida extravagante.

Ao evitarem luxo e otimizarem seus gastos, essas pessoas conseguem atingir maior segurança financeira, investir no futuro e, muitas vezes, conquistar a tão sonhada aposentadoria antecipada. O crescente interesse por esse estilo de vida, tanto entre milionários quanto entre jovens da Geração Z, sugere que a busca por um consumo mais consciente pode ser uma tendência com potencial de crescimento no longo prazo.

Fonte: Exame/CPG

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista