Comportamento 25/02/2025 11:48

Juventude abstêmia: por que os jovens estão bebendo cada vez menos?

Tendência em diminuir o consumo de bebidas alcoólicas ganhou força entre os mais novos, que têm rejeitado o álcool como símbolo de liberdade. Mas a busca por moderação ainda esbarra em desafios sociais

Em “Juventude Transviada”, filme clássico de 1955, o ator americano James Dean vive o estereótipo do que era ser um jovem descolado.

A jaqueta de couro, o cigarro em uma mão e o copo na outra se tornaram símbolos da liberdade e da vontade de desafiar normas sociais – traços que definiram a juventude rebelde da época e influenciaram as gerações seguintes. Na cultura pop, a dupla álcool e cigarro foi glamourizada em filmes, músicas e propagandas, reforçando o conceito de que a juventude deveria ser aproveitada de trago em trago.

Essa ideia, no entanto, parece estar mudando. Uma pesquisa de 2023 da consultoria americana Gallup mostrou que a porcentagem de adultos dos Estados Unidos com menos de 35 anos que têm o hábito de beber caiu nas últimas duas décadas. Em 2003, esse total era 72%, e em 2023 passou a 62%.

E a opção por cortar o álcool pode estar sendo acompanhada também pelo Brasil. Divulgado em maio de 2024 pela consultoria Go Magenta, o estudo “Copo meio cheio” entrevistou mil brasileiros com mais de 18 anos que haviam consumido algum tipo de bebida alcoólica nos dois meses anteriores à pesquisa, e descobriu que 62% deles já pensaram em reduzir o consumo.

Também identificou que o número de consumidores frequentes diminuiu entre as gerações Z e Y (millennials), faixas etárias que vão dos 18 aos 34 anos. “Há 20, 30 anos, ser a pessoa bebendo ou bêbada trazia códigos de rebeldia, transgressão. Mas essas já não são mais aspirações para os jovens atualmente.

A imagem criada nos anos 1950, com James Dean, está em declínio”, afirma Gabriela Terra, fundadora da Go Magenta e responsável pelo estudo.

A tendência de se repensar a relação com o álcool não é nova. Há pelo menos uma década, ela vem sendo estimulada por campanhas públicas e, mais recentemente, nas redes sociais. Em 2014, a instituição de caridade britânica Alcohol Change UK registrou o termo Dry January (janeiro seco) e lançou oficialmente um desafio: passar o primeiro mês do ano sem consumir bebidas alcoólicas.

Na primeira edição, quatro mil pessoas se cadastraram no site do desafio. Em 2024, 215 mil pessoas fizeram parte. O recorde deve ter sido superado de novo este ano.

Em 2019, o movimento Sober Curious (sobriedade curiosa), proposto pela jornalista britânica Ruby Warrington em um livro do mesmo nome, também começou a ganhar força. Na obra, ela fala sobre como começou a questionar sua própria relação com o álcool e decidiu renunciar ao consumo.

Segundo a autora, a ideia por trás do movimento não é a abstinência total e imediata, mas avaliar a relação com as bebidas e rejeitar a ideia de que o normal na nossa sociedade é beber. ”Muita gente bebe mais do que o limite máximo recomendado, mas não considera que tem um problema com o álcool”, disse a autora à GALILEU na época em que lançou o livro.

“Mas as pessoas estão descobrindo novas formas de se sentirem bem, fazendo exercícios, ioga e se alimentando direito. E não faz sentido investir em bem-estar e beber.”

Nativas digitais, as novas gerações têm mais acesso sobre os malefícios da bebida. Isso contribui para que possam, por vezes, ser mais conscientes dos efeitos adversos do álcool do que gerações anteriores.

Por enfrentar taxas maiores de ansiedade e depressão, Gen Z e Millenials também ligam mais para tópicos como saúde mental e bem-estar. E esse equilíbrio costuma ser mais difícil de se atingir quando há abusos de drogas na jogada.

A medicina, inclusive, tem argumentos de sobra para afirmar que parar de encher a cara faz bem à saúde. Em 2022, a clássica ideia associada à dieta mediterrânea de que uma taça de vinho por dia protege o coração deu lugar a um parecer duro da OMS (Organização Mundial de Saúde): não existe um nível de consumo de álcool considerado seguro.

O álcool é uma substância tóxica, psicoativa e geradora de dependência, e foi classificado como cancerígeno do grupo 1 pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer há décadas – este é o grupo de maior risco, que também inclui amianto, a radiação e o tabaco”, declarou a OMS, em dezembro daquele ano.

Movimento "sober curious", em que jovens evitam bebida de forma voluntária por um período, tem se tornado cada vez mais relevante — Foto: Ilustração: Fralvez/ Design: Flavia Hashimoto
Movimento “sober curious”, em que jovens evitam bebida de forma voluntária por um período, tem se tornado cada vez mais relevante — Foto: Ilustração: Fralvez/ Design: Flavia Hashimoto

O relatório da OMS sobre álcool de 2022 dá uma ideia sobre o quanto o abuso da bebida pode ser nocivo para os jovens. Cerca de 13,5% de todas as mortes ligadas ao consumo de álcool acontecem com pessoas com idade entre 20 e 39 anos.

Existe um outro fator importante: beber tende a ficar cada vez mais caro. No Brasil, por exemplo, consumir bebidas alcoólicas deve se tornar, em breve, um negócio ainda pior para o bolso. A partir da Reforma Tributária aprovada no Congresso brasileiro em 2024, as bebidas alcoólicas terão incidência do novo Imposto Seletivo (IS).

Apelidada de “imposto do pecado”, a taxa foi concebida justamente para desestimular o consumo de produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarro, bebidas açucaradasveículos poluentes e atividades como extração de minério de ferro, petróleo e gás natural. As alíquotas ainda não foram definidas, mas devem variar de acordo com o teor alcoólico da bebida. O IS está previsto para entrar em vigor em 2027.

Esses são alguns dos fatores que talvez expliquem o número cada vez menor de adeptos à birita – especialmente entre os mais jovens. Segundo uma pesquisa da Berenberg Research nos Estados Unidos, a geração Z consome cerca de 20% menos álcool per capita do que os millennials quando tinham a mesma idade.

Outro estudo, feito pela Universidade de Michigan, em 2020, apontou que o percentual de estudantes universitários abstêmios aumentou de 20% para 28% nas duas últimas décadas.

A mudança de mentalidade se reflete na indústria. Segundo a Boston Consulting Group, em 2024 o mercado global de bebidas “não ou pouco alcoólicas” totalizou US$ 13 bilhões, com um crescimento previsto de 7% ao ano entre 2023 e 2027.

“A decisão de abandonar o álcool é agora um fenômeno que dura o ano todo, não um conceito apenas para janeiro, e o sober curious é um termo pesquisado durante todo o ano”, escreveu o diretor e sócio do BCG, Elfrun von Koeller.

O fato de a indústria ter se modificado, criando mais produtos para seduzir quem bebe pouco significa que as pessoas agora têm mais opções “ressaca-free”.

Um levantamento feito no Reino Unido indicou que quase um terço dos jovens entrevistados disse escolher bebidas sem álcool porque elas são mais baratas do que as versões alcoólicas.

Muita calma nessa hora

Mesmo assim, especialistas afirmam que ainda é cedo para bater o martelo e afirmar que as gerações mais jovens obrigatoriamente beberão menos – faltam dados, sobretudo no Brasil.

“O que temos hoje para adolescentes é a Pesquisa Nacional da Saúde Escolar (PeNSE), mas desde 2019 não sabemos o que aconteceu com esses jovens. É muito tempo, especialmente considerando que tivemos uma pandemia no meio”, observa a professora de medicina preventiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Zila van der Meer Sanchez Dutenhefner. Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Prevenção ao uso de Droga (Previna), ela considera que, por aqui, o estímulo é maior ao “sim” do que ao “não”.

“Não acredito que o álcool vá desaparecer da nossa cultura tão cedo, é algo que está com a gente há milênios. Mas precisamos lidar com ele”
— Mariana Thibes, coordenadora do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA)

“Não tenho visto movimento de ‘não beba’ no Brasil, isso é tendência internacional. O que vejo aqui é o contrário, com influencer fazendo propagandas abertas, apesar de aparecer uma hashtag de ‘não compartilhe com menores’. É meio ridículo”, diz.

Além das questões sociais e estruturais de controle ao acesso a bebidas alcoólicas, a especialista considera que atualmente há novos desafios que merecem atenção, especialmente no Brasil – entre eles, a falta de regulamentação do conteúdo compartilhado nas redes sociais e o aumento no consumo por mulheres.

A grande aposta da OMS vem sendo nas políticas de restrição. Segundo a entidade, em 2019 (ano dos dados do último relatório sobre o assunto) 56% dos países (13% a mais do que em 2010) tinham algum tipo de política pública contra o consumo de álcool. Entre elas, a taxação, a regulamentação de publicidade, o estabelecimento de idade mínima e rotulagem de produtos com mensagens de alerta.

No mesmo período se viu uma redução mundial no consumo total de álcool per capita de 5,7 litros para 5,5 litros de etanol/ano. O Brasil acompanhou a tendência, com uma redução de 8,6 litros, em 2010, para 7,7 litros, em 2019 – números maiores que as médias nas Américas (7,5 litros em 2019), mas menores do que as da Europa (9,2 litros em 2019).

Os efeitos positivos da redução foram percebidos na saúde pública. De acordo com o relatório da OMS, de 2010 a 2019, o número de mortes atribuíveis ao álcool a cada 100 mil habitantes caiu 20,2% globalmente. “Não acredito que o álcool vá desaparecer da nossa cultura tão cedo, é algo que está com a gente milênios.

Mas precisamos lidar com ele, e como fazemos isso? Com políticas públicas de prevenção e informando a população, com uma abordagem realista que dialoga melhor com as pessoas hoje, não só com jovens”, pontua a socióloga Mariana Zanata Thibes, coordenadora do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA).

Foi mais ou menos essa a lógica por trás da pesquisa “Copo meio cheio”: buscar informações que ajudem a compreender motivações e as principais barreiras para a moderação – segundo a OMS, isso significa beber duas doses em um único dia ou 14 doses por semana para os homens, e uma ou 7 por semana para as mulheres.

Enquanto para a geração X e para os millennials os principais motivos para parar de beber têm a ver com saúde e emagrecimento, para a geração Z o objetivo é ter mais autocontrole. “O que vimos nas entrevistas era mais uma questão de ressaca moral, reputacional e de consciência, com frases como ‘não quero ser a pessoa que dá trabalho’ ou que ‘fala alto e se torna inconveniente’”, destaca Terra. É o tal medo de ser cringe.

Novos desafios

Ainda que não seja possível estabelecer uma relação direta entre a moderação no consumo de álcool e o aumento no uso de outras substâncias, há novas tendências que andam preocupando especialistas. A maior delas é o uso de cigarros eletrônicos, mais conhecidos como vapes.

Um estudo publicado em 2020 na revista JAMA Pediatrics mostrou que o uso de vapes por adolescentes aumentou 1800% entre 2011 e 2019 – ano em que 27,5% de estudantes do ensino médio usavam vapes, de acordo com outro estudo publicado no JAMA. Na Inglaterra, 38% dos adolescentes com entre 16 e 19 anos usaram vapes, segundo um relatório da consultoria Future Bridge.

Estamos bebendo menos cerveja: no Brasil, eram 8,6 litros por pessoa, em 2010. Número saltou para 7,7 litros em 2019 — Foto: Ilustração: Fralvez/ Design: Flavia Hashimoto
Estamos bebendo menos cerveja: no Brasil, eram 8,6 litros por pessoa, em 2010. Número saltou para 7,7 litros em 2019 — Foto: Ilustração: Fralvez/ Design: Flavia Hashimoto

Não sei se eles estão tão conscientes [dos efeitos nocivos], o mesmo vale para alucinógenos maconha. Acho que existe um mito que perpassa o senso comum de que essas são substâncias inofensivas, eles acreditam que maconha ou alucinógenos não vão fazer mal e entram nisso sem saber os riscos a que estão expostos”, destaca Thibes.

Dados da pesquisa anual realizada pela FDA (Food and Drug Administration, equivalente a Anvisa dos EUA) sobre uso de tabaco por jovens, divulgados no dia 22 de janeiro de 2025, porém, trazem otimismo: o uso de tabaco por adolescentes caiu aos menores níveis desde que a pesquisa começou a ser realizada, há 25 anos.

Os resultados foram muito graças à redução significativa no uso de cigarros eletrônicos, que foi de 2,13 milhões, em 2023, para 1,63 milhões, em 2024.

“Esse é um ganho monumental para a saúde pública”, resumiu Brian King, diretor da FDA para produtos com tabaco, em nota.

No Brasil, faltam dados sobre o consumo dessas substâncias por adolescentes. No entanto, especialistas chamam a atenção para uma novidade no consumo de álcool: as mulheres estão bebendo cada vez mais.

Em 2019, 17% das mulheres adultas afirmaram ter bebido uma vez por semana ou mais, 4,1 pontos percentuais a mais que em 2013, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada pelo IBGE em 2020.

E dados do relatório Vigitel 2023, referentes a dezembro de 2022 a abril de 2023, apontaram um salto de 12,7% para 15,2% no consumo abusivo de álcool pelas mulheres.

“Existem previsões de que as mulheres vão igualar o consumo dos homens até 2030. Isso preocupa, porque falando de forma estritamente biológica, o corpo feminino é mais sensível por ter menos enzimas que metabolizam o álcool, então elas sofrem os danos de forma mais precoce”, afirma Thibes.

Outra preocupação nova é com o chamado consumo de “alta intensidade”. Se no passado o que gerava alerta era o binge drinking, que consiste em beber uma grande quantidade de álcool (quatro doses para as mulheres e cinco para os homens) em um período de duas horas, agora o consumo de alta intensidade eleva o número de doses a oito ou mais para as mulheres, e dez ou mais, para homens, em uma única ocasião.

Embora o número de pessoas com entre 19 e 30 anos que bebe intensamente tenha diminuído de 11%, em 2013, para 8,5%, em 2023, uma em cada oito pessoas com entre 27 e 28 anos regularmente consome 10 ou mais drinques por noite.

Os dados são do levantamento “Monitoring the Future”, que desde 1976 monitora o uso de drogas lícitas e ilícitas entre adolescentes e adultos americanos.

O álcool contra-ataca

Além das novas tendências e desafios, moderar ou abandonar o álcool ainda enfrenta barreiras sociais relevantes. Uma delas é o sober shaming, termo em inglês que descreve a discriminação ou segregação de pessoas abstêmias.

Segundo a pesquisa da Go Magenta, 68% das pessoas que moderam no consumo são questionadas sobre o porquê, e 49% se sentem desconfortáveis ao terem que explicar por que não não estão bebendo. “Nós somos os maiores algozes das pessoas que querem parar de beber. O álcool é a única droga em que a pessoa tem que se justificar por não usar”, afirma Terra.

Essa pressão social é amplificada pelas redes sociais, onde, apesar das críticas, o álcool continua sendo normalizado e até glamourizado em algumas bolhas. “Não dá para pensar hoje na relação das pessoas com o álcool sem olhar para as redes sociais, pois elas ditam comportamentos e tendências”, resume o cientista social Paulo Cesar Pontes Fraga, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), especialista em políticas públicas sobre drogas.

Uma análise dos 100 vídeos mais populares com a hashtag #alcohol no TikTok, publicada no Journal of Studies on Alcohol and Drugs em 2021, revelou que 98% do conteúdo era pró-álcool.

Para uma geração que consome e produz conteúdo quase exclusivamente online, essas mensagens criam um ambiente em que moderar ou recusar o álcool é visto como fora do comum, ou até antissocial.

“Nós somos os maiores algozes das pessoas que querem parar de beber. O álcool é a única droga em que pessoa tem que se justificar por não usar”
— Gabriela Terra, responsável pelo estudo “Copo meio cheio”, da consultoria Go Magenta

Para os especialistas, a falta de regulamentação nas redes sociais — que permite que campanhas publicitárias de bebidas alcoólicas sejam direcionadas a públicos jovens sem qualquer restrição — é um desafio sem precedentes.

Existe, inclusive, a tentativa de unir a glamourização do álcool com a nova tendência de bem-estar para seduzir os jovens. Exemplo disso é a promoção de uma “água alcoólica”, apresentada como uma opção saudável e misturando conceitos de bem-estar em embalagens minimalistas e promessas como “todos os pontos positivos de uma bebida alcoólica, sem os negativos”. Ou de um “pré-drink” que afirma “combater os impactos da toxina do álcool sem perder o barato”.

Embora acredite que a proibição não seja o melhor caminho para promover a moderação no consumo de álcool, o professor da UFJF destaca um exemplo positivo de regulação no Brasil: o combate ao tabagismo.

Desde os anos 1970, o país tem sido pioneiro em ações lideradas por profissionais de saúde e pelo governo para reduzir o consumo de tabaco. Junto com a Turquia, o Brasil é o único país que implementa todas as medidas de controle recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre elas estão o tratamento gratuito para quem deseja parar de fumarcampanhas de conscientização sobre os riscos associados ao tabaco e a proibição de publicidade, promoção e patrocínio em meios de comunicação.

Segundo relatório da OMS divulgado em janeiro de 2024, o Brasil conseguiu reduzir o consumo de tabaco em 35% desde 2010. Hoje, cerca de 11% da população adulta fuma, enquanto em países vizinhos, como Argentina e Uruguai, esse índice chega a 18%. “Nós somos um exemplo de país que conseguiu combater o consumo com várias medidas, sem precisar proibir.

Foi criando restrições e educando, mostrando malefícios e desestimulando o uso de uma substância que é psicoativa e tem consequências [à saúde]”, resume Fraga.

A coordenadora do CISA compartilha esse ponto de vista.

“Os jovens procuram substâncias por pressão social, para serem aceitos pelo grupo, ou para enfrentar algum problema emocional. Não basta pedir que digam não, temos que oferecer alternativas saudáveis. Isso é importante para modificar esse comportamento”, pontua Thibes.

Nesse sentido, a busca por moderação deixa de ser apenas sobre o que se deixa de consumir, mas sobre o que se oferece no lugar: desde conexões mais genuínas e suporte emocional até espaços onde a identidade dos jovens possa ser construída longe de antigos rituais sociais. Entre eles, o de que é preciso beber para ser aceito ou para incorporar o suposto glamour de uma juventude transviada.

Deu em Galileu

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista