Natureza 02/01/2025 09:10
Supervulcões podem acordar em breve — alguns já aterrorizaram a Terra
Cientistas alertam que o acontecimento não é mais um se, mas sim um quando; último evento parecido ocorreu no ano de 1815.
Erupções vulcânicas acontecem com certa frequência. A última, por exemplo, ocorreu há poucas semanas, em 23 de dezembro, com o Kīlauea no Havaí.
Nenhum desses episódios, porém, se comparam à explosão do Monte Tambora, na Indonésia. O ano era 1815 e a atividade desse vulcão transformou o mundo à época.
A erupção foi tão selvagem que resultou numa enorme nuvem de partículas na atmosfera, resfriando todo o planeta.
A tragédia deixou 60 mil vítimas no curto prazo. O mais grave, porém, veio depois. O que se seguiu foi chamado de “ano sem verão”: as temperaturas globais despencaram e, em 1816, os agricultores perderam suas plantações, a fome se espalhou junto com a cólera e dezenas de milhares morreram na Europa e nos EUA.
Especialistas afirmam que a explosão do Tambora foi a maior erupção registrada em 1500 anos. De lá para cá, não tivemos nenhum evento extremo parecido. Isso, no entanto, deve mudar nos próximos anos.
É o que afirma Markus Stoffel, professor de clima na Universidade de Genebra. Em entrevista à CNN, ele disse que as ‘evidências geológicas sugerem uma chance de 1 em 6 de uma erupção massiva neste século’.
De acordo com o professor, um evento catastrófico como esse não é mais uma questão de se, mas sim de quando.
O professor explica que você pode até salvar essas centenas de milhares de pessoas no curto prazo. O mundo, porém, não está preparado como um todo para o que vem a seguir, depois de uma erupção vulcânica massiva.
A seguradora Lloyd’s of London divulgou recentemente uma análise de cenário sobre o que aconteceria nesse caso. De acordo com a empresa, o clima mais frio, menos luz solar e mudanças nas chuvas podem afetar a produção global de alimentos.
Isso, por sua vez, tem potencial de criar tensões políticas e até mesmo levar a uma guerra. Em um cenário extremo, semelhante ao do Monte Tambora, as perdas econômicas poderiam chegar a mais de US$ 3,6 trilhões somente no primeiro ano, segundo calculou a Lloyd’s.
Isso inclui a simulação dos piores cenários possíveis, a realização de testes de estresse e elaboração de todo tipo de plano: desde evacuações até esforços de ajuda e garantia de suprimentos de alimentos.
Descrição Jornalista
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