Comportamento 31/12/2024 06:24

Quando a gente começou a celebrar o Ano-Novo? Descubra a origem da tradição

As celebrações começaram há mais de 4 mil anos, quando o tempo era contado por meio das estações do ano

Estudos dizem que as primeiras pessoas a realizarem a celebração de Ano-Novo foram as que moravam no território que antigamente era a Mesopotâmia, região que hoje abriga o Iraque, Síria, Kuwait e Turquia.

Há 4 mil anos, a agricultura era a principal forma de sobrevivência por lá. Então, eles comemoravam o fim do inverno e começo da primavera, já que isso dava início a uma nova safra de plantação.

Dessa maneira, a virada de ano era comemorada do dia 22 para o dia 23 de março, pois esse era o momento em que se iniciava a primavera no hemisfério Norte. Apenas em 1582, com a introdução do calendário gregoriano no Ocidente, é que 1º de janeiro passou a ser celebrado como Ano-Novo.

As celebrações realizadas naquela época também representavam esperança e continham rituais para atrair fartura e alimento, bem parecido com o que é hoje em dia, em que pedimos prosperidade e dinheiro.

Quando surgiu o Réveillon?

Réveillon, termo utilizado para nos referirmos à festa de véspera de Ano-Novo em vários países do mundo, como o Brasil, teve início no século 17 na França. Inicialmente, a comemoração representava festas da nobreza e durava a noite inteira. Com o passar do tempo, a nobreza no país começou a decair e então, a palavra foi adaptada para a festa de véspera de Ano-Novo.

No século 19, a nobreza de países que possuíam a influência da cultura francesa, passaram a realizar a celebração. O Brasil foi um desses locais. Porém, aqui o evento ganhou novos personagens, comidas e costumes.

Celebrações no Brasil

Ano Novo em Copacabana
Ano-Novo em Copacabana (Imagem: Secom/RJ)

No Brasil, há diversas maneiras que as pessoas utilizam para celebrar o Ano-Novo. Nas praias, por exemplo, as pessoas que são crentes em Iemanjá, gostam de passar o Réveillon no litoral para realizar oferendas ou pular as sete ondas.

Ela é a Rainha do Mar, original da Nigéria, pertence à tradição de iorubá, a qual foi incorporada pelo candomblé e umbanda no Brasil.

Além disso, na Igreja do Senhor do Bonfim, em Salvador, religiosos de todo o país vão até o local na última sexta-feira do ano para fazer pedidos de proteção para o ano que está por vir. Os fiéis também levam objetos para benzer. O dia é chamado de “Sexta-feira da Gratidão”.

Outra tradição que se tornou comum no Brasil é a utilização de branco. A prática foi adotada em 1970, quando membros do candomblé começaram a realizar oferendas na praia de Copacabana. Assim, muitas pessoas que viram o ritual acharam muito bonito o uso de branco e decidiram aderir a cor.

Também há a famosa queima de fogos, a qual se acredita que foi originada na China há mais de 2 mil anos. Conforme a tradição, os fogos espantam espíritos malignos. No Brasil, os fogos chegaram por meio de imigrantes italianos e portugueses e, desde então, se tornaram um dos espetáculos mais esperados pelas pessoas na virada de ano.

Deu em Olhar Digital
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista