Empresas Estatais 03/12/2024 09:14
Mais um recorde para o governo Lula: “insolvência” nos Correios
Comandada por advogado indicado pelo grupo Prerrogativas, estatal foi retirada pelo petista, junto com a Telebras, da lista de empresas a serem privatizadas e tem prejuízo recorde
O dólar bate recorde de alta há quatro dias seguidos, após o governo Lula (à direita na foto) trocar os pés pelas mãos — ou as promessas de cortes por promessas de isenção.
E esse está longe de ser o único recorde econômico negativo do petista.
Os Correios registram o maior prejuízo de sua história para o período de janeiro a setembro, informa o site Poder360.
Os 2 bilhões de reais em déficit estão prestes a superar o pior desempenho anual da história, de 2,1 bilhões de reais, registrados em 2015, no governo… Dilma Rousseff.
O problema é tal que a estatal decretou em outubro um teto de gastos, de 21,96 bilhões de reais, que prevê encerramentos de contratos e suspensão de contratação de terceirizados.
“Tais medidas visam, fundamentalmente, a recompor o saldo do orçamentário/caixa para retomada do equilíbrio econômico-financeiro e evitar que a empresa entre em estado de insolvência”, diz documento interno que detalha a medida.
Os Correios são comandados pelo advogado Fabiano Silva dos Santos, indicado pelo grupo de advogados anti-Lava Jato Prerrogativas para a presidência da empresa e conhecido como o “churrasqueiro de Lula”.
O rombo se explica, em parte, pela desistência dos Correios em ações trabalhistas que somam cerca de 1 bilhão de reais.
Mas a estatal culpa seu “sucateamento” no governo Jair Bolsonaro e a famigerada “taxa das blusinhas”, que taxou compras abaixo de 50 dólares e teria impactado negativamente em 1 bilhão de reais a receita do ano, ao reduzir o número de encomendas ao Brasil.
“A receita projetada para 2024 foi reduzida de R$ 22,7 bilhões para R$ 20,1 bilhões, o que representa um crescimento de 1,5% em relação a 2023. As medidas administrativas adotadas reduziram a projeção de despesa de R$ 22,5 bilhões para R$ 21,9 bilhões, representando uma redução de 1,8% (R$ 600 milhões) em relação a 2023”, justificou a estatal.
Os Correios foram retirados por Lula, junto com a Telebras, dos planos de privatização projetados pelo governo Bolsonaro. Enquanto a empresa de logística está à beira da insolvência, a estatal de comunicações acumula 200,7 milhões de reais em dívidas e foi incluída em órgão de proteção ao crédito pela dificuldade de honrar seus compromissos financeiros.
No acumulado deste ano até setembro, as estatais brasileiras registraram um déficit primário recorde de 7,4 bilhões de reais. É o pior resultado desde o início da série histórica, em 2002.
Em outubro, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, tentou justificar os dados negativos nas estatais como “reflexo de investimentos estratégicos“.
Itaipu Binacional destinou 15 milhões de reais para o Janjapalooza, nome pelo qual ficou conhecido o festival Aliança Global Contra a Fome a Pobreza, promovido no âmbito do G20 pela primeira-dama Rosângela “Janja” da Silva.
As outras estatais envolvidas no patrocínio do evento fizeram jogo duro para revelar quanto repassaram. Após pressão, a Petrobras admitiu ter repassado 18 milhões de reais.
No sábado, 6, o grupo Prerrogativas realiza seu jantar de fim de ano, que prevê shows de Maria Rita e Ivo Meirelles. A “Festa da reconstrução” será dedicada a Janja — mais precisamente por sua participação na organização do Janjapalooza.
Deu em O Antagonista/Poder360
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