Os médicos australianos chegaram à estimativa identificando o tempo médio de atividades físicas dos 25% mais ativos da população na faixa etária acima de 40 anos.
O índice do grupo é de, no mínimo, 160 min diários de caminhada a 4,8 km/hora. O indicador inclui tanto a rotina de exercícios físicos como de atividades domésticas.
Os cientistas usaram o índice para estimar quais seriam os ganhos obtidos com a adoção de hábitos semelhantes pela população sedentária. O resultado mostrou que os adultos ganhariam, em média, 5,5 anos a mais se fossem tão ativos quanto os 25% da população mais atléticos.
Caminhar pode resultar em até uma década a mais
Os ganhos são maiores para a população menos ativa. Para quem é totalmente sedentário, começar a praticar 160 minutos de atividades físicas aumentaris a expectativa de vida em 10,9 anos.
Entre os 25% que se movimentam menos (com taxas inferiores a 50 minutos por dia), cada hora de caminhada adicionaria 6,3 horas à expectativa de vida.
Nas categorias mais altas, porém, o ganho de tempo extra é menor. No grupo dos que caminham 110 minutos diariamente, cada hora extra de caminhada adicionaria uma hora à expectativa de vida.
“Estes resultados revelam que o sedentarismo é um mal que nos retira tempo de vida em níveis semelhantes ao tabagismo e à pressão alta, mas, no caso da baixa atividade física, revertê-lo é muito mais fácil”, disse o médico Lennert Veerman, um dos autores do estudo, em comunicado à imprensa.
Veerman faz a ponderação, porém, de que o estudo está limitado aos níveis de atividades físicas.
Ele reconhece que quem tem mais tempo para se exercitar costuma ter vantagens econômicas e de cuidados com a saúde que aumentam a expectativa de vida.
Deu em Metrópoles