Alimentos 16/11/2024 12:42

Alimentação saudável é inacessível para um terço da população, diz relatório

O dado foi divulgado pela FAO, agência da ONU para Alimentação e Agricultura

Enquanto alimentos ultraprocessados se tornam cada vez mais abundantes e baratos, a compra de frutas, legumes e outros alimentos saudáveis é um verdadeiro luxo para bilhões de pessoas.

E esse problema parece estar longe de ser solucionado, de acordo com um relatório da FAO, a agência da ONU para Alimentação e Agricultura.

De acordo com a instituição, a alimentação saudável foi inacessível para 35,4% da população mundial em 2022 (2,826 bilhões de pessoas).

Essa taxa era de 36,4% em 2019 – ou seja, não mudou muita coisa. E, por mais que os dados apontem a diminuição de 1% no problema, a melhora se apresenta de maneira desigual.

“Em 2022, o número de pessoas incapazes de pagar por alimentação saudável ficou abaixo dos níveis pré-pandêmicos no grupo de países com médio e alto poder econômico.

Em contraste, os países com baixo poder econômico tiveram os maiores níveis desde 2017”, diz Maximo Torero, economista chefe da FAO, em um comunicado da instituição.

África é a região mais afetada. Por lá, 64,8% das pessoas não conseguem ter acesso a alimentação de qualidade. Na Ásia, a taxa é de 35,1%. América Latina e Caribe estão logo atrás, com 27,7%. Na Oceania, o problema afeta 20,1% da população.

Por fim, apenas 4,8% das pessoas não têm condição financeira de acessar uma dieta saudável na América do Norte e na Europa.

Recentemente, um outro levantamento da FAO se debruçou sobre o que chama de “custo sanitário oculto” dos maus hábitos alimentares.

De acordo com a instituição, essa soma é de 8,1 trilhões de dólares anuais. O montante está vinculado às perdas de produtividade causadas por doenças derivadas da alimentação (diabetes, câncer, doenças cardiovasculares, entre outras).

 Deu em Galileu
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista