Animais 21/10/2024 11:09

Cegueira em pets: ficar atento aos sinais é essencial

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são cruciais para a manutenção da qualidade de vida de animais que estão perdendo a visão

Assim como os humanos, cães e gatos podem enfrentar a perda de visão ao longo da vida.

A cegueira nos animais de estimação pode ser causada por diversas situações e fatores, de forma gradual ou repentina, permanentemente ou reversível. Entre os mais comuns estão envelhecimento, problemas congênitos (quando o animal já nasce com a deficiência na visão), herança genética, doenças oculares ou sistêmicas, traumas e acidentes.

Para equilibrar a perda da visão, mesmo que parcialmente, os cães e gatos acabam desenvolvendo a audição e o olfato de maneira mais apurada, como uma forma de compensação natural.

Perceber os primeiros sinais de perda de visão no pet é fundamental para oferecer um melhor tratamento.

A melhor medida preventiva é a atenção dos tutores às alterações oculares, como secreção, lacrimejamento excessivo, vermelhidão, piscar contínuo e, principalmente, no comportamento e na perda da noção de espaço.

Além do monitoramento nesses casos, a não exposição direta ao vento e a luzes intensas, além de evitar e o hábito de aparar os pelos que possam cair sobre os olhos, são maneiras de evitar futuros problemas.

Os sinais de cegueira em cães e gatos podem não ser imediatamente visíveis, o que torna necessário também a atenção dos tutores a possíveis mudanças no comportamento desses pets. As principais mudanças são: esbarrar e tropeçar em objetos, agressividade ou retraimento, dificuldade em achar seus potes de água e comida, não interagir e errar saltos.

“As medidas preventivas se fazem com uma consulta ao oftalmologista veterinário. Para aquele cão ou gato que nunca foi, é importante uma consulta para prevenir doenças futuras. Recomendo check up a cada 12 meses, quando o animal tem menos de 8 anos, e após essa idade, a cada seis meses”, explica o oftalmologista veterinário Anderson Gouveia.

A prevenção, aliada ao tratamento profissional e à higiene ocular diária proporcionam maior qualidade de vida aos pets.

 Segundo Anderson, os cães braquicefálicos, aqueles que têm um focinho mais curto, são mais predispostos a problemas oculares devido ao maior tamanho e exposição dos olhos. Shih tzus, pugs, buldogues, boxers, spitz alemão, gatos persas e exóticos tendem a serem raças mais predispostas à perda de visão.

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista