Conforme publicação no Facebook da empresa, um artigo acadêmico sobre os experimentos será publicado somente no próximo ano, pois o processo de análise por pares de pesquisadores leva entre 6 meses e um ano.

Os sonhos lúcidos ocorrem quando uma pessoa está ciente de que está sonhando enquanto continua no estado de sonho. Isso acontece durante o sono REM, a última fase do ciclo do sono, e pode ajudar na resolução de problemas fisiológicos, assim como no aprendizado de novas habilidades.

Anteriormente, a REMspace demonstrou que sensores de eletromiografia facial podiam decodificar sons específicos feitos em sonhos. Com isso, os pesquisadores da empresa criaram a Remmyo, uma linguagem de sonho detectável por meio de sensores sensíveis.

No primeiro experimento de 24 de setembro, dois participantes, um homem e uma mulher, dormiram em suas casas enquanto suas ondas cerebrais e outros dados polissonográficos foram rastreados remotamente por um aparelho.

Quando o servidor detectou que o homem entrou em um sonho lúcido, a tecnologia gerou uma palavra Remmyo aleatória e a enviou a ele por meio de fones de ouvido. O indivíduo repetiu a palavra em seu sonho, com sua resposta capturada e armazenada no servidor.

Oito minutos depois, a participante mulher entrou em um sonho lúcido. Ela recebeu a mensagem armazenada do primeiro participante e a confirmou ao acordar — marcando o primeiro “bate-papo” trocado em sonhos.

Mais tarde, no experimento de 8 de outubro, outras duas outras pessoas também conseguiram se comunicar com o servidor por meio de seus sonhos.

Em comunicado, a REMspace disse que os resultados demonstraram que “sonhos lúcidos podem desbloquear novas dimensões de comunicação e o potencial da humanidade”. A conquista resultou de quase cinco anos de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico.

“Ontem, comunicar-se em sonhos parecia ficção científica“, afirma Michael Raduga, fundador e CEO da REMspace.

“Amanhã, será tão comum que não seremos capazes de imaginar nossas vidas sem essa tecnologia. Isso abre as portas para inúmeras aplicações comerciais, remodelando a maneira como pensamos sobre comunicação e interação no mundo dos sonhos”.

Agora, os pesquisadores da startup estão trabalhando para refinar a tecnologia e dizem estar alcançando melhores resultados a cada nova tentativa.

O próximo desafio da REMspace é permitir a comunicação em tempo real nos sonhos lúcidos. Segundo a empresa, a meta é muito mais complexa, mas “a equipe está otimista que ela pode ser alcançada em poucos meses”.

O vídeo a seguir demonstra o experimento realizado pela REMspace, que fez pessoas se comunicarem em sonhos: