Futebol 26/09/2024 05:47
Botafogo elimina São Paulo nos pênaltis e avança às semifinais da Libertadores
Em jogaço no Morumbis, Glorioso sai na frente, e Tricolor busca empate; John e Matheus Martins selam classificação
O sonho do título inédito da Conmebol Libertadores continua vivo para o Botafogo, mas de novo com drama.
Depois das oitavas de final contra o Palmeiras, com susto no fim, o Glorioso novamente testou os corações de seus torcedores nas quartas, mas saiu classificado às semifinais em disputa de pênaltis contra o São Paulo, na noite desta quarta-feira, após empate por 1 a 1 no tempo normal.
O time carioca começou muito bem, abriu o placar com Thiago Almada nos primeiros minutos, mas viu o rival reagir e buscar o empate na reta final, com Calleri, fazendo pulsar um Morumbis completamente lotado.
Na decisão por pênaltis, porém, a frieza botafoguense fez a diferença: Vitinho até errou, mas Calleri e Rodrigo Nestor desperdiçaram pelo São Paulo, e Matheus Martins fez o gol da classificação alvinegra, vencendo por 5 a 4.
Agora, são três jogos até a glória eterna!
O Botafogo aguarda o vencedor do confronto entre Peñarol e Flamengo para conhecer seu rival nas semifinais – os uruguaios venceram o jogo de ida das quartas por 1 a 0, e o duelo de volta é nesta quinta-feira, em Montevidéu.
Os duelos das semis serão nas semanas de 23 e 30 de outubro. CLIQUE AQUI e veja a tabela da Conmebol Libertadores.
Calleri começou a série errando, acertando o travessão. O Botafogo saiu em vantagem com Tchê Tchê.
Na sequência, converteram Luiz Gustavo, Danilo Barbosa, Lucas, Marçal e Igor Vinícius. Vitinho errou o quarto pênalti do Bota, chutando por cima do gol, e Luciano e Almada levaram a disputa para as cobranças alternadas. Ali, Rodrigo Nestor bateu mal, e John defendeu.
Na sequência, Matheus Martins chutou com categoria e selou a classificação.
O Botafogo volta a figurar entre as quatro melhores equipes do continente pela primeira vez desde 1973.
É a primeira vez, porém, que o Alvinegro jogará a fase semifinal no atual formato, com duas equipes se enfrentando em cada chaves e as respectivas vencedoras se encontrando na final.
Na outra ocasião, o Botafogo esteve na semifinal com outras duas equipes, Cerro Porteño e Colo-Colo.
Na época, o finalista era decidido por uma fase de grupos entre os primeiros colocados da fase de grupos inicial.
O Botafogo começou como terminou o jogo de ida das quartas de final, no Nilton Santos: pressão na saída de bola do São Paulo, trocas rápidas de passes e envolvimento do rival sem grandes dificuldades.
Com o Tricolor quase sem tocar na bola, o Glorioso abriu o placar antes dos 15 minutos, em falha de Luiz Gustavo que resultou em jogada de Savarino e gol de Thiago Almada, na pequena área, aproveitando rebote de Rafael.
O time de Luis Zubeldía se limitou às bolas longas na direção de Calleri, muito marcado – às vezes com força excessiva – por Bastos e Alexander Barboza. Zubeldía lançou Luciano ainda no primeiro tempo, na vaga de William Gomes, e o São Paulo teve uma ligeira melhora, suficiente para alçar mais bolas na área e conseguir um pênalti após cabeçada de Lucas e toque no braço de Barboza, em lance que teve de ser revisado pelo VAR.
Na cobrança, porém, o camisa 7 chutou mal, viu a bola beliscar o travessão e sair por cima.
O Morumbis, aliado importantíssimo até então, murchou.
O São Paulo voltou melhor e impôs minutos de pressão sobre o Botafogo, rodando mais a bola e apostando nas infiltrações de Lucas da direita para o meio do ataque.
As chances começaram a aparecer: Wellington Rato e Lucas exigiram grandes defesas de John em chutes de dentro da área, enquanto Calleri, assim como no jogo de ida, perdeu um gol incrível. Sozinho, quase sobre a linha do gol, errou o alvo após bola que cruzou a área e chegou limpa para ele.
Com o tempo a favor, o Botafogo fez substituições, tentou controlar o jogo sempre que possível, mas não assustou o Tricolor em busca do segundo gol. Isso causou um cenário de pressão total nos minutos finais, com o São Paulo precisando do empate para levar a decisão aos pênaltis.
O esforço deu resultado: aos 41 minutos, André Silva cruzou na cabeça de Calleri, que decretou o 1 x 1 e a definição da vaga nas penalidades.
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Descrição Jornalista
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