Comportamento 22/09/2024 06:30

Gasto com apostas chega a 0,62% do PIB nacional

Modalidades como o chamado “Jogo do Tigrinho”, popular entre mulheres, têm o potencial de gerar impactos sociais mais profundos, visto que parte desse público é beneficiário de programas sociais e chefe de família.

Desde a aprovação da Lei nº 13.756, em 2018, que autorizou as apostas esportivas, o mercado de apostas on-line, incluindo cassinos virtuais, tem crescido exponencialmente no Brasil.

Entre junho de 2023 e junho de 2024, os consumidores gastaram R$ 68,2 bilhões em apostas, valor que já representa 0,62% do PIB nacional.

O desvio de parte significativa da renda familiar para apostas tem causado preocupações no setor econômico, especialmente devido à sua natureza desregulada.

Os cassinos on-line, em particular, têm mostrado um perfil de apostadores que levanta ainda mais alertas.

Modalidades como o chamado “Jogo do Tigrinho”, popular entre mulheres, têm o potencial de gerar impactos sociais mais profundos, visto que parte desse público é beneficiário de programas sociais e chefe de família.

“Isso pode agravar ainda mais o ciclo de pobreza e desigualdade, já que muitos estão utilizando recursos essenciais para apostar”, reforça Tavares.

Regulamentação dos cassinos físicos é geração de emprego

Diante do cenário de incertezas e perdas, a CNC reforça a necessidade de uma regulamentação adequada para os cassinos físicos no Brasil.

Para a Confederação, essa medida, ao contrário dos cassinos on-line, promove benefícios reais para a economia.

“A regulamentação dos cassinos físicos poderia gerar até 1 milhão de empregos diretos e indiretos, além de R$ 22 bilhões em arrecadação anual para o governo”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

“Diferentemente dos cassinos on-line, que têm drenado a renda das famílias, os cassinos físicos podem estimular o turismo e o desenvolvimento econômico de forma mais sustentável”, conclui.

Deu no Portal da CNC

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista