Oceanos 17/09/2024 20:00
17,6 metros! O caso da onda gigante mais extrema do Pacífico
A onda gigante mais extrema do Pacífico ocorreu em 2020, mas os cientistas levaram algum tempo até estabelecer, de fato, o que ocorreu em artigo publicado na revista Scientific Reports, em 2022.
No Oceano Pacífico, cientistas da Universidade de Victoria (Canadá) identificaram uma das maiores ondas extremas e imprevisíveis, conhecidas como vagalhões.
Segundo os instrumentos de medição, a onda alcançou uma altura de 17,6 metros, o que equivale a um prédio de quatro andares. Após anos, o episódio segue como algo extraordinário.
A onda gigante mais extrema do Pacífico ocorreu em 2020, mas os cientistas levaram algum tempo até estabelecer, de fato, o que ocorreu em artigo publicado na revista Scientific Reports, em 2022.
Isso porque nenhum acidente ou dano foi relatado após o episódio, embora o vagalhão pudesse ter causado alguma tragédia.
Os sensores do flutuador móvel (boia) são as únicas evidências do ocorrido na costa da Colúmbia Britânica.
“A probabilidade de tal evento ocorrer é de uma vez a cada 1.300 anos”, afirma Johannes Gemmrich, físico da universidade canadesne e autor do estudo, em nota. Porém, é possível que essas ondas gigantes se tornem mais comuns devido aos efeitos do aquecimento global.
As ondas gigantes já foram encaradas como um mito criado por marinheiros, mas, apenas em 1995, o fenômeno foi comprovado pela ciência. Neste ano, uma onda de quase 26 metros de altura atingiu uma plataforma de perfuração de petróleo a aproximadamente 160 km da costa da Noruega.
A onda recebeu o nome de “onda de Draupner”.
Olhando para o universo das artes, a obra A Grande Onda de Kanagawa (ou simplesmente A Onda), do pintor japonês Katsushika Hokusai, publicada entre 1830 e 1833, é outro possível exemplo de vagalhão no oceano.
Muito maior que as outras, a onda que ganha destaque na obra não se trata de um tsunami (causados quase sempre por terremotos), como é possível confundir.
Apesar das centenas de anos de mitos e, mais recentemente, de dados científicos sobre esses eventos, os pesquisadores ainda buscam entender quais fatores favorecem a formação das ondas gigantes em alto mar e planejam como desenvolver modelos de previsão. Para isso, usa-se a Inteligência Artificial (IA).
Afinal, mesmo que a mais recente episódio não tenha causado danos, eles podem destruir parques eólicos, plataformas de petróleo ou mesmo embarcações.
Fonte: Scientific Reports, Cision
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