Comportamento 06/09/2024 20:06

Homem troca luxo por vida simples; menos dinheiro, estresse e preocupação

Trabalhando praticamente o dia inteiro, ele se afastou das filhas, separou da esposa e enfrentou a depressão.

A rotina de luxo desse homem repleta de viagens, iates e carros do ano, deu lugar a um estilo simples, mais feliz e com muito mais tempo para as coisas importantes da vida.

Ele entendeu que o dinheiro nunca vai ser o mais importante!

O empresário holandês Rick Vintage fez uma carreira de sucesso, com vários primeiros internacionais, no ramo de papéis de parede.

Trabalhando praticamente o dia inteiro, ele se afastou das filhas, separou da esposa e enfrentou a depressão.

No sofá luxuoso de um Haia, ele percebeu que a vida havia perdido o sentido. Depois de refletir ele encontrou um novo propósito, seguiria uma nova rotina. Hoje ele vive em um barco próximo a casa das filhas e encontrou a felicidade.

“Agora estou com 57 anos, ganho 10% do que ganhava antes, levo uma vida confortável e sem estresse e sou muito feliz por estar sozinho”, declarou.

Um dos maiores do mundo

Rick é considerado um dos maiores designers de papéis de parede do mundo.

A companhia NLXL, criada por ele e pela esposa Esther Vintage, em 2010, é um sucesso.

Famoso, ele conheceu os melhores do mundo como Paul Smith, Job Smeets, entre outros.

Mas o dinheiro o corrompeu. Ao mesmo tempo que Rick tinha tudo, ele não tinha nada.

Depressão e divórcio

Em 2016 veio o primeiro baque. O empresário intocável se divorciou de Esther. Morando em um novo apartamento sozinho, ele recebeu a visita de uma convidada nada esperada: a depressão.

“Dois anos depois, fui a uma festa em Roterdã no meu Porsche 911 GTS novinho em folha e minha namorada vinte anos mais jovem ao meu lado”, contou.

A vida era tão intensa que nem mesmo notícias das filhas ele tinha. “Foi quando eu realmente parei com todas as viagens e todo o glamour. E comecei a viver uma vida diferente. Foi assim que começou”.

O recomeço

O sofá do apartamento era luxuoso, mas nele, um homem triste e deprimido sentado. A empresa ia mal das pernas e Rick precisava recomeçar. Assim o fez.

O período sozinho fez bem para a mente e ele começou a refletir bastante. “Lá estava eu – sozinho, sem dinheiro, sem aplausos e com covid – e me sentindo melhor do que nunca”, disse sobre o momento que pegou covid-19.

Rick retomou o contato com as filhas. Em 2020, Lux, uma delas, havia acabado de começar a estudar música em Amsterdã e procurava um lugar para morar.

O empresário uniu o útil ao agradável.

Vida sem preocupações

O artista viu um anúncio de uma casa flutuante com jardim longe do centro da cidade. Junto com a filha, ele foi até o local.

Um dia depois, eles eram os novos donos da propriedade. No começo, a vida no barco era um pouco difícil. O chuveiro quente não funcionava, tampouco o aquecimento.

Com algumas reformas, a embarcação ficou perfeita, assim como a vida de Rick.

“No verão, cozinho ao ar livre no convés. Às vezes, os amigos vêm, pois meu barco é o melhor lugar para jantar quando está quente. Quando está muito calor, a gente pula na água”, explicou em entrevista ao NY Times.

Antes, Rick era uma máquina de trabalho. Ia para cama de madrugada e levantava toda hora para responder e-mails. Agora, ele acorda com o canto dos pássaros e só trabalha em horários razoáveis.

“Preciso de tempo para mim, para minhas filhas, meus amigos, meu cachorro”, finalizou.

É, encontrar o equilíbrio é tudo não é?

O barco é simples, mas muito bem decorado e organizado. Foto: Kasia Gatkowska/NYT.

O barco é simples, mas muito bem decorado e organizado. Foto: Kasia Gatkowska/NYT.
A embarcação veio com um pequeno jardim e uma casinha bem simples. Foto: Kasia Gatkowska/NYT.

A embarcação veio com um pequeno jardim e uma casinha bem simples. As filhas dele adoram! Foto: Kasia Gatkowska/NYT.
Deu em Sónotíciaboa
Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista