Vale reforçar que estes valores não necessariamente foram efetivamente gastos no período da janela. A contagem leva em consideração a quantia total divulgada dos valores acordados para o negócio acontecer, independente de quando serão efetivamente pagos.

Os valores acima também incluem os montantes gastos por jogadores que já pertenciam ao elenco e tiveram suas compras definitivas exercidas na atual janela. Além disso, o levantamento não considera gastos com luvas, extras e intermediários.

Os números também estão sujeitos à variação em função do câmbio e consequentes alterações no total de cada negócio.

Os valores de gastos estipulados em bônus, uma vez que ainda não foram atingidos, não são contabilizados na pesquisa. Este número é atualizado apenas quando as metas forem cumpridas e o pagamento acertado.

Para o recorde de investimentos acontecer, alguns times contribuíram bastante para a marca. Sete clubes ultrapassaram a casa dos 100 milhões de reais neste ano com reforços: Botafogo, Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro, Corinthians, Vasco e Bahia.

O destaque absoluto é o Botafogo, de John Textor. Dono da SAF alvinegra, o empresário americano é o grande responsável pelas cifras volumosas do Glorioso com a contratação de atletas para 2024.

Foram cerca de 323 milhões de reais em 18 reforços no ano. Um recorde jamais visto no futebol brasileiro.

Estes valores exorbitantes podem crescer ainda mais, caso as metas estipuladas em contrato sejam cumpridas.

Por exemplo, os quatro milhões de euros (cerca de 24 milhões de reais) em bônus na contratação de Luiz Henrique ainda não foram contabilizados. Só entrarão na conta quando a meta for atingida.

Quem mais se aproxima do Botafogo no montante destinado a reforços é o Flamengo. Com o anúncio de Alcaraz para defender o clube, o Rubro-Negro ultrapassou os 275 milhões de reais em investimentos na temporada.

Este número deve aumentar em breve com a chegada do equatoriano Plata ao clube carioca. O time deve pagar 3,65 milhões de euros (R$ 22,4 milhões) pelos direitos do atacante e irá aumentar esse valor à medida que metas forem cumpridas.

A gestão de Rodolfo Landim ainda trouxe Michael e Alex Sandro nesta segunda janela. Porém, os gastos foram apenas com luvas e intermediários – sem ressarcimento a outro clube para compra de cada atleta.

Na 1ª janela do ano, a contratação de maior impacto ao clube foi a chegada de De la Cruz. O meia uruguaio custou R$ 78,200 milhões em um pagamento feito à vista ao River Plate.

Terceiro time com mais gastos em 2024, o Palmeiras adotou uma postura equilibrada no mercado e fechou com R$ 90,6 milhões na primeira janela e R$ 102,8 milhões na segunda janela.

Os gastos balanceados em cada período fizeram o clube figurar entre os maiores investimentos com contratações na temporada.

O meia Mauricio e o lateral Giay foram as aquisições mais caras do ano.

Outro destaque com contratações para a temporada é o Corinthians.

O Timão fechou 18 negócios por cerca de 167 milhões de reais no total. A compra mais cara foi do meia Garro. O Alvinegro acertou a aquisição com o Talleres, da Argentina, por sete milhões de dólares (cerca de R$ 35 milhões).

Veja abaixo os clubes da Série A com mais gastos em contratações na temporada:

Atlético-GO, Juventude e Vitória são os times da Série A com mais contratações na temporada. Todos passaram de 30 novos nomes para o elenco em 2024. O clube baiano lidera com um nome a mais e já trouxe 31 reforços neste ano. O último foi o atacante Gustavo Mosquito, ex-Corinthians.

Em valores nominais, a contratação de Thiago Almada pelo Botafogo é a mais cara da história do futebol brasileiro.

A transferência tem valor total de 25 milhões de dólares (R$ 137,4 milhões na cotação atual), sendo 22 fixos e mais três em bônus combinados em contrato. Para esta pesquisa, apenas o valor fixado foi considerado, o que totaliza mais de 123 milhões de reais.

O valor mais próximo é o da contratação de Alcaraz feita pelo Flamengo.

Os cariocas acertaram o pagamento de 20 milhões de dólares ao Southampton, da Inglaterra.

Na cotação atual, esse valor supera os 110 milhões de reais. Vale destacar, contudo, que o valor gasto na moeda brasileira sofrerá alterações conforme a flutuação cambial no momento da execução de cada parcela do negócio.

A conta foi feita de acordo com a cotação atual pelo acordo total. Por isso, estes números estão sujeitos a mudança com o tempo.