Medicina 12/08/2024 09:26
Polêmica: médicos agora devem perguntar a homens se estão grávidos no Reino Unido
Alguns saíram furiosos das consultas, sentindo-se ofendidos por terem seu gênero questionado via formulários.
Recentemente, as autoridades de saúde britânicas implementaram uma nova orientação para médicos que realizam exames de raio-X, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
A Sociedade dos Radiologistas (SoR) desenvolveu as “diretrizes de status de gravidez inclusivo para radiação ionizante”.
Essas novas diretrizes foram introduzidas após um incidente em que um homem trans realizou uma tomografia computadorizada enquanto estava grávido. O objetivo é evitar danos aos bebês ainda não nascidos, já que a radiação desses exames pode ser prejudicial.
De acordo com a orientação, todos os pacientes de 12 a 55 anos, incluindo homens, pacientes trans, não-binários e intersexos, devem ser questionados sobre a possibilidade de estarem grávidos.
Isso ocorre porque a radiação desses exames pode ser prejudicial para fetos em desenvolvimento, e é essencial garantir a segurança de todos os pacientes.
A orientação também inclui um formulário para os pacientes preencherem, contendo perguntas sobre o sexo ao nascer e o estado de fertilidade. Embora a intenção seja garantir a máxima segurança, muitos pacientes consideraram essas perguntas invasivas.
Diversos médicos relataram que muitos homens reagiram com irritação ao serem questionados sobre gravidez. Alguns saíram furiosos das consultas, sentindo-se ofendidos por terem seu gênero questionado via formulários.
Outro ponto de controvérsia é a pergunta sobre os pronomes preferidos dos pacientes. Alguns pais de menores de idade ficaram furiosos, argumentando que a pergunta é confusa e desnecessária.
De acordo com a Dra. Louise Irvine, “é impossível para qualquer pessoa do sexo masculino engravidar”, e por isso não vê necessidade na aplicação dessas diretrizes. Alguns médicos e defensores dos direitos humanos consideram as novas diretrizes desnecessárias e humilhantes, e apelaram ao NHS para que abandone o sistema em prol do bom senso.
Fiona McAnena, da organização de direitos humanos Sex Matters, criticou fortemente a política da SoR, argumentando que a inclusão de condições intersexuais nas diretrizes é inadequada e um desperdício de tempo.
Ainda não está claro quantos hospitais no Reino Unido adotaram as novas diretrizes, mas várias instituições em Londres já começaram a utilizar os novos formulários de consulta. A aplicação dessas diretrizes, no entanto, continua a gerar polêmica tanto entre os profissionais de saúde quanto entre os pacientes.
Por enquanto, a medida visa a inclusão e segurança de todos os pacientes, apesar das críticas recebidas. As diretrizes continuam a ser debatidas e ajustadas à medida que mais feedbacks são coletados, tanto da comunidade médica quanto dos próprios pacientes.
Deu em Terra Brasil Notícias
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