“Quem tá assediando, quem está correndo atrás de homem são as mulheres. […] A mulherada tá louca atrás do homem e louca para levar um elogio, uma piscada, uma cantada educada”, declarou o desembargador, na sessão que era transmitida pelo canal do TJ-PR no YouTube.
Em nota divulgada ontem (4), o TJ-PR afirmou que não compartilha de qualquer opinião que possa ser discriminatória ou depreciativa, nem endossa os comentários do desembargador Espíndola.
A Corte do Paraná disse ter aberto investigação preliminar, com base na Resolução 135 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
E o magistrado poder ser punido disciplinarmente com advertência, censura, remoção compulsória, disponibilidade, aposentadoria compulsória e até demissão.
A Ordem dos Advogados do Brasil do Paraná repudiou as declarações e pediu intervenção da Corregedoria do TJ-PR. E o vídeo da transmissão foi retirado do ar pelo Tribunal, com a alegação de “preservar as partes envolvidas”, porque o processo tramita em segredo de justiça.
E o desembargador publicou o seguinte comunicado, após a repercussão do caso:
“Esclareço que nunca houve a intenção de menosprezar o comportamento feminino nas declarações proferidas por mim durante a sessão da 12ª Câmara Cível do Tribunal, afinal, sempre defendi a igualdade entre homens e mulheres, tanto em minha vida pessoal quanto em minhas decisões. Lamento profundamente o ocorrido e me solidarizo com todas e todos que se sentiram ofendidos com a divulgação parcial do vídeo da sessão”, defendeu-se Luis Cesar de Paula Espindola.
Veja trecho de reportagem da TV Band sobre o caso, divulgado no canal do YouTube da Band Jornalismo:
Deu em Diário do Poder