Dentre essas questões, medir a confiança do público nas notícias é importante porque um dos grandes desafios do jornalismo nos últimos anos tem sido manter a credibilidade diante do avanço das fake news e  de movimentos para desacreditar a imprensa tradicional, ao lado de outras barreiras como a sustentabilidade financeira das empresas jornalísticas e a disputa com influenciadores nas redes sociais, que se tornaram fontes primárias de informação sobretudo para os jovens.

Para ilustrar o crescimento da importância de influenciadores, o estudo ressalta a quantidade expressiva de citações dos nomes de Lionel Messi, Taylor Swift e dos Kardashians como fontes de informação, embora eles não tratem de assuntos noticiosos em suas redes sociais.

A confiança no noticiário manteve-se estável ao longo do último ano no mundo, com taxa de 40%, mas ainda está quatro pontos abaixo do índice atingido durante  a pandemia do coronavírus, de acordo com o relatório.

A Finlândia continua a ser o país com os níveis mais elevados de confiança global (69%), enquanto na Grécia (23%) e na Hungria (23%) foram verificados os níveis mais baixos.

O Brasil ficou em 15º entre os 47 países pesquisados, mas registra queda de 19 pontos em relação a 2015, quando o cenário midiático era bem diferente do de hoje, sem o impacto das redes sociais.

Gráfico sobre credibilidade das notícias na opinião dos brasileiros

O Instituto alerta que as baixas pontuações em alguns outros países, como EUA (32%), Argentina (30%) e França (31%), podem estar parcialmente ligadas a elevados níveis de polarização e a debates divisivos sobre política e cultura.