Vivido por Jesuíta Barbosa no filme, Ney Matogrosso conta que acompanhou de perto os últimos dias de Cazuza.
O cantor lembra que, por morarem perto, ia sempre visitá-lo. Fazia massagem em seus pés quando aquele que é chamado de Poeta do Rock já não tinha mais forças para levantar. Embora já estivessem separados, a amizade continuava.
O término com Cazuza, que também será retratado na cinebiografia, foi detalhado por Ney Matogrosso em conversa com a “Veja”:
“Fui completamente apaixonado, mas era difícil conviver com os dois Cazuzas que havia nele. No lado público, se mostrava agressivo, louco, bêbado e cheirava muito pó. Já na intimidade, era o oposto. Foi uma das pessoas mais encantadoras que conheci. A relação durou três intensos meses. Uma vez, ele sumiu por quatro dias e apareceu na minha casa sujo, fedendo, com um traficante a tiracolo. Discutimos, e Cazuza cuspiu em mim. Aí dei um tapa na cara dele e o mandei ir embora. Seguimos amigos, nos amando, mas sem sexo”.