“Agora que existe regulamentação da prática de finning, os pescadores estão ficando com o tubarão inteiro”, disse Laurenne Schiller, cientista de conservação de pesca da Universidade Carleton, no Canadá, em entrevista ao Live Science.
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A pesquisa aponta um aumento de 4% na morte de tubarões por pescas costeiras, ao passo que as mortes por pesca em alto-mar diminuíram em 7%. Segundo Schiller, as embarcações não têm mais permissão para manter certas espécies a bordo.
“Isso significa que os tubarões podem ser capturados, mas se forem libertados, terão uma chance de sobrevivência.”
Além disso, observa-se um possível impacto na criação de um mercado da carne do animal.
Um relatório da WWF baseado no mesmo período de estudo estimou que o comércio global de carne de tubarão e arraia poderia valer 2,6 bilhões de dólares. No ano 2000, o valor era de 157 milhões e, em 2011, 379,8 milhões.
“Talvez até tenha incentivado a pesca de tubarões em determinados lugares devido a essa nova demanda por carne de tubarão”, alegou Schiller.
Algumas das medidas que podem ser tomadas para reduzir as mortes a nível global são proibir a pesca de tubarões, aplicar limites de captura baseados na ciência e proteger áreas críticas.
O estudo aponta que, individualmente, as pessoas podem diminuir seu impacto sobre esses animais evitando comprar souvenirs com dentes de tubarão e usar cosméticos que contenham esqualeno derivado do tubarão.
Além disso, a carne do tubarão pode ser vendida como carne de cação, o que deve ser um ponto de alerta para o consumidor.
“Isso é uma grande preocupação, porque uma em três espécies está ameaçada de extinção”, disse Boris Worm, ecologista marinho na Universidade de Dalhousie, no Canadá.
“É um problema que realmente precisa ser resolvido agora, porque os tubarões não têm muito tempo restante.”
Deu em Galileu