Netanyahu foi criticado por não concentrar esforços na libertação dos sequestrados.
Numa entrevista a jornalistas no sábado à noite, ele disse que o primeiro objetivo da guerra era destruir o Hamas, o segundo era devolver os reféns e o terceiro era eliminar a ameaça de Gaza.
“Queremos respostas”, disse o manifestante Ari Levi, que teve dois familiares — incluindo o seu filho de 12 anos — levados pelo Hamas do kibutz Nir Oz, no dia 7 de outubro.
“Não é normal que crianças sejam mantidas reféns durante 43 dias. Não sabemos o que o governo está fazendo, não temos qualquer informação”, disse Levi à agência de notícias AFP.
“Quero que o governo os traga para casa”, disse Dvora Cohen, 43 anos, cujo cunhado e sobrinho de 12 anos foram sequestrados pelo Hamas.
Nesta semana, os militares israelenses disseram ter encontrado os corpos de duas reféns — Yehudit Weiss, de 65 anos, e a soldada Noa Marciano, de 19 anos — na Faixa de Gaza.
Israel lançou uma ampla operação militar — envolvendo ataques aéreos e de artilharia, bem como tropas terrestres — com o objetivo de eliminar o Hamas.
O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, afirma que o número de mortos em Gaza chegou a 13 mil.
Acredita-se que mais de 2 mil estejam soterradas sob os escombros.
Túnel descoberto
Neste domingo, militares israelenses divulgaram imagens que mostram um “túnel terrorista de 55 metros de comprimento, 10 metros de profundidade abaixo do hospital Al-Shifa”.
No vídeo, a entrada para uma escadaria profunda é mostrada ao nível do solo, entre os escombros do complexo hospitalar, o maior da Faixa de Gaza.
Uma vez no fundo, as tropas parecem caminhar ao longo de um túnel bem construído que leva a uma porta pesada.
“Este tipo de porta é usada pela organização terrorista Hamas para impedir a entrada das forças israelenses nos centros de comando e nos ativos subterrâneos pertencentes ao Hamas”, afirmam as Forças de Defesa de Israel num comunicado, acrescentando que as investigações “continuam a descobrir a rota do túnel”.
Israel acusa o Hamas de operar um centro de comando e controle sob o hospital Al-Shifa — alegações que o grupo e a equipe médica do hospital negam.
A BBC não pôde verificar de forma independente o vídeo divulgado pelas Forças de Defesa de Israel.