Empresas 14/06/2023 09:00

Americanas: relatório aponta mais de R$ 40 bilhões entre fraudes e lançamentos indevidos; entenda o caso

Empresa admitiu fraude de antigos executivos pela primeira vez e detalhou o esquema nas demonstrações financeiras cinco meses após escândalo contábil vir a público.

As fraudes e lançamentos indevidos encontrados nas demonstrações financeiras da Americanas e informados pela companhia nesta terça-feira (13), somam mais de R$ 40 bilhões em números preliminares e não auditados.

O valor considera também operações de crédito e financiamento contabilizados de forma inadequada no balanço da varejista. A empresa está em recuperação judicial, após encontrar o rombo contábil no início deste ano.

Segundo a empresa, as fraudes nas demonstrações financeiras se davam por meio da chamada Verba de Propaganda Cooperada (VPC) — uma quantia negociada entre a indústria e o varejo e que serve, entre outras coisas, para cobrir eventuais custos com publicidade e propaganda. (entenda mais abaixo)

Além disso, de acordo com a Americanas, também foram encontradas operações de crédito e financiamentos feitos pela companhia junto a instituições financeiras e fornecedores que não foram contabilizados de forma adequada.

Nesta reportagem, você vai entender:

  • Quais foram as fraudes identificadas no balanço da Americanas;
  • Quem estava envolvido nas fraudes da empresa;
  • Os próximos passos da companhia.

Quais foram as fraudes?

Segundo comunicado divulgado pela companhia nesta terça-feira (13), as fraudes das demonstrações financeiras se davam predominantemente por meio dos contratos de Verba de Propaganda Cooperada (VPC).

Esses contratos normalmente são firmados entre a indústria e o varejo — ou seja, são pagos pelos fornecedores aos revendedores ou empresas atacadistas e varejistas — e, além de serem usadas para cobrir eventuais custos com publicidade e propaganda, também servem para impulsionar as vendas de determinados produtos.

Nesses acordos, os varejistas e revendedores estipulam um preço fechado para esse tipo de contrato, no qual podem negociar um planejamento de marketing e detalhes sobre a apresentação do produto do fabricante nas lojas — como prateleiras e gôndolas com espaços privilegiados e anúncios específicos nos corredores, por exemplo.

Deu em G1

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista