Além de mortes, conspirações, envenenamentos e conflitos — em uma trama digna de George R. R. Martin —, os períodos áureos da monarquia foram marcados pelos tórridos romances,

relacionamentos extraconjugais em um tempo em que o sexo era um tópico dominante.

O rei Eduardo VII foi um homem conhecido por seu apetite sexual tão descontrolado quanto de Luis XIV e Nero, se envolvendo com mulheres solteiras e comprometidas. A rainha Vitória, sua mãe, esperava que o filho puxasse mais seu pai, o príncipe Albert, e se tornasse um homem de

moral firme, mas não foi o que aconteceu.

(Fonte: Daily Express/Reprodução)

(Fonte: Daily Express/Reprodução)

Apesar do rei Henrique VIII ter dominado a história com seu número absurdo de amantes, ele também fez jus ao período de hábitos e estilos peculiares e controversos.

No século XV, durante o reinado da famosa e infame dinastia Tudor, um trabalho que se popularizou entre a aristocracia da época era o de acompanhar um monarca o tempo todo com seu banheiro móvel, cuidando de suas necessidades fisiológicas de perto.

E não pense que o rei Eduardo VII ficou de fora disso — muito pelo contrário, ele inventou uma “cadeira do amor”, um objeto em que poderia ter relações sexuais com duas mulheres ao mesmo tempo — e que até hoje é alvo de curiosidade.

Um homem insaciável

Eduardo VII jovem. (Fonte: Brigitte Gastel Ancestry/Reprodução)

Eduardo VII jovem. (Fonte: Brigitte Gastel Ancestry/Reprodução)

O primeiro contato de Eduardo com uma mulher foi aos 19 anos, quando servia na Irlanda com o exército britânico e teve a atriz Nellie Clifton enfiada em seu quarto para tirar sua virgindade.

Alguns acreditam que a rainha Vitória nunca perdoou o filho por isso, principalmente porque

Albert morreu logo após ter que lidar com o escândalo e ter uma conversa franca com o filho. Foi por isso que a rainha arranjou o mais rápido o possível o casamento de Eduardo com a princesa

Alexandra da Dinamarca.

Mas a monarca estava enganada em achar que o casamento — sobretudo isso — fosse domar os

desejos sexuais dele. Como resultado, Eduardo não só teve 12 amantes poderosas, de Agnes Keyser a Lady Randolph Churchill, até outras várias desconhecidas e profissionais do sexo por toda a Europa.

(Fonte: Westminster Abbey/Reprodução)

(Fonte: Westminster Abbey/Reprodução)

Em 9 de agosto de 1902, Eduardo foi coroado rei da Inglaterra, aos 60 anos, e teve até um banco reservado para suas “damas especiais” na Abadia de Westminster. Mesmo naquela idade, ele

continuava a cruzar o canal até Paris para saciar seu desejo no bordel mais caro e luxuoso da

cidade, o La Chabanais.

O objeto controverso

(Fonte: Curbed/Reprodução)

(Fonte: Curbed/Reprodução)

A “cadeira do amor” foi projetada exatamente para que o rei desfrutasse com mais conforto e

facilidade de suas excursões francesas. Na série Private Lives of Monarchs, a curadora de palácios

históricos da Grã-Bretanha, Tracy Borman, com uma réplica do dispositivo em mãos, disse que os

melhores esforços não conseguiram descobrir como a cadeira funcionava.

“O que me perturbou sobre a cadeira é que existe espaço para duas mulheres, uma em cima e outra embaixo, mas como ele conseguia satisfazer a que estava embaixo parece uma pergunta que nunca vamos ter resposta”, disse ela.

(Fonte: New Idea/Reprodução)

(Fonte: New Idea/Reprodução)

Alguns supõem que talvez a cadeira funcionasse como um sistema de fila, a mulher embaixo ficava esperando seu momento para participar e, enquanto isso, apenas desfrutava da imagem do

monarca e outra mulher sobre ela.

Existe também a teoria de que a cadeira, na verdade, foi desenvolvida para ajudar o monarca a ter a relação sexual em sua idade avançada e com a barriga avantajada. Em 2020, a réplica da “cadeira do amor” de Eduardo VII estava disponível para ser comprada por US$ 68 mil no M. S. Rau

Antiques, em Nova Orleans, Estados Unidos