Guerras 22/02/2022 08:39
Veja a comparação direta entre os exércitos da Rússia e Ucrânia
Embora tenha um poderio militar inferior ao russo, tropas ucranianas contam com armamentos e apoio da Otan
Após meses reforçando a presença de militares na região da fronteira com a Ucrânia e elevando as tensões no Leste Europeu, a Rússia aumentou a pressão sobre seu ex-vizinho soviético, ameaçando desestabilizar a Europa e atrair os Estados Unidos para o conflito. Para o presidente dos EUA, Joe Biden, tudo indica que Vladimir Putin decidiu invadir a Ucrânia.
A Rússia vem reforçando seu controle militar sobre a Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país. A agressão provocou alertas de oficiais de inteligência dos EUA de que uma invasão russa pode ser iminente.
Moscou nega repetidamente que esteja planejando um ataque, insistindo que é o apoio da Otan à Ucrânia que constitui uma ameaça crescente no flanco ocidental da Rússia. O reconhecimento de duas regiões separatistas pró-Rússia pelo presidente russo levantaram temores de que Moscou possa estar alimentando a violência para justificar uma invasão.
No entanto, se houvesse um conflito entre a Rússia e a Ucrânia, como seria o confronto direto de forças? A realidade é que há uma grande diferença entre o exército ucraniano e o exército russo.
Ucrânia: U$ 4,1 bilhões
Rússia: US$ 45,3 bilhões
Ucrânia: 219 mil soldados
Rússia: 840 mil soldados
Ucrânia: 170
Rússia: 1.212
Ucrânia: 170
Rússia: 997
Ucrânia: 1.302
Rússia: 3.601
Ucrânia: 2.555
Rússia: 5.613
“Este não é o mesmo exército russo que estava em ruínas logo após a Guerra Fria“, diz o analista Jeffrey Edmonds, do Conselho de Segurança Nacional. “É um exército muito móvel, bastante moderno e bem treinado, com uma força aérea muito saudável, grandes forças terrestres, muito controle de artilharia, navios pequenos com muita capacidade para missões de ataque ao solo”.
Edmonds diz que, desde a Guerra Fria, os militares russos se concentraram fortemente em sistemas de ataque de longo alcance.
No entanto, com o posicionamento da Otan favorável ao governo ucraniano, a aliança tem disponibilizado armamentos para as tropas do país. Embora a Otan não possua um exército único que é deslocado em casos de invasões aos membros, ela conta com a soma das forças de seus integrantes, o que significa um poderio mais forte do que os exércitos individuais de cada país.
A Ucrânia não faz parte da Otan, mas é vista pela aliança como uma importante aliada. A Otan fornece consultoria de nível estratégico ao país e chegou a descrever o relacionamento com os ucranianos como “uma das parcerias mais substanciais da Otan”.
Com a mobilização de dezenas de milhares de soldados russos na região da fronteira da Ucrânia, a Otan prontamente reagiu procurando aumentar sua presença na região do Leste Europeu.
De acordo com a aliança, há quatro batalhões multinacionais se revezando entre Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia. A Otan chegou a dizer que “são forças robustas e prontas para o combate”.
Já os russos aumentaram sua presença militar na Crimeia desde 2014, com bases aéreas renovadas e armamentos navais no Mar Negro, incluindo submarinos a diesel e pequenas corvetas. Cada uma dessas plataformas tem uma capacidade de ataque de longo alcance, diz Edmonds, e essa é uma das grandes diferenças reais nas forças armadas russas.
Assim, os ataques podem vir tanto por via aérea a partir do continente russo quanto do Mar Negro.
O analista considera que os militares ucranianos estão muito atrás. No entanto, através da Otan, os aliados deram aos ucranianos sistemas de armas antiaéreas e antitanques.
Ambos os lados têm forças terrestres e os dois países também têm forças aéreas fabricadas na Rússia. No entanto, a artilharia da aeronáutica do lado russo é maior e mais moderna que a dos ucranianos. A Rússia ainda possui uma extensa rede ferroviária e realiza a movimentação dessas tropas regularmente.
Deu em CNN
Descrição Jornalista
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