Comportamento 20/02/2022 09:00
A legião dos idiotas: 22% acreditam em notícia falsa sobre recuo de tropas russas a pedido de Bolsonaro, diz pesquisa
Um levantamento exclusivo da Quaest para a CNN mostra que 22% das pessoas que interagiram nas redes sociais sobre a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia acreditaram ou escreveram que ele foi o responsável pelo recuo das tropas russas na fronteira com a Ucrânia. Para 78%, Bolsonaro não foi o responsável.
Levantamento exclusivo da Quaest para a CNN mostra que 22% das pessoas que interagiram nas redes sociais sobre a viagem do presidente à Rússia acreditaram ou escreveram que ele foi o responsável pelo recuo das tropas russas na fronteira com a Ucrânia
Um levantamento exclusivo da Quaest para a CNN mostra que 22% das pessoas que interagiram nas redes sociais sobre a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia acreditaram ou escreveram que ele foi o responsável pelo recuo das tropas russas na fronteira com a Ucrânia. Para 78%, Bolsonaro não foi o responsável.
A notícia mentirosa começou a circular na última terça-feira (15), quando Bolsonaro chegou à Rússia e publicou uma imagem em que a CNN informa o recuo de Putin. Na mesma postagem, o presidente diz já estar em espaço aéreo russo.
Em seguida, o ex-ministro Ricardo Salles usou uma montagem que atribui à CNN a informação de que o presidente Jair Bolsonaro evitou “a 3ª Guerra Mundial”. Na postagem fake compartilhada também por grupos bolsonaristas, a frase mentirosa entra como suposta causa do recuo a uma invasão da Rússia a Ucrânia. A CNN desmentiu a notícia e foi atacada por grupos bolsonaristas e membros do governo.
Na quinta (17), após encontro de Bolsonaro com o presidente da Hungria, János Áder, Bolsonaro voltou a falar em “coincidência” entre sua viagem à Rússia e o suposto recuo de tropas russas na fronteira com a Ucrânia. “O sentimento que tive nessa viagem, até mesmo pela coincidência de ainda estarmos em voo para Moscou e parte das tropas russas serem desmobilizadas da fronteira.”, disse. Procurada pela CNN, a embaixada russa no Brasil não quis comentar.
O presidente Jair Bolsonaro é sempre um nome muito comentado nas redes sociais. Apenas na última semana, foram mais de 1,5 milhão de menções ao presidente. A viagem presidencial à Rússia foi um dos temas de destaque, tendo mais de 297 mil menções e 95 mil autores únicos falando sobre o assunto.
Naquele momento, uma questão delicada de geopolítica envolvia a região: a Rússia estava sendo acusada por países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de se organizar para atacar a Ucrânia; o país negou as intenções, mas exigiu dos Estados Unidos e aliados que limitassem as atuações militares em conjunto com os ucranianos.
Segundo o cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes, o monitoramento das redes mostrou que a ideia de que foi Bolsonaro quem apaziguou a situação na fronteira se espalhou na bolha bolsonarista.
“O percentual de pessoas comentando o assunto e que defendem essa ideia é similar ao percentual de avaliação positiva que o presidente tem hoje nas pesquisas de opinião publicadas atualmente. O que sugere que a mesma proporção de eleitores que gostam do governo é similar também à proporção de usuários que defendem o presidente na internet.”, explica.
Deu em CNN
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