Brasil 21/01/2021 08:49
Reitora da Unifesp: Se necessário, Brasil deve quebrar patente por vacina
Apesar de um contrato assinado para receber 2 milhões de doses da Covishield —a vacina da Oxford/AstraZeneca—, os brasileiros só devem ser vacinados com o imunizante em março porque o Brasil ficou de fora da lista de países que receberão a vacina da Índia, e a China não tem prazo para enviar os insumos para fabricação local.
Apesar de um contrato assinado para receber 2 milhões de doses da Covishield —a vacina da Oxford/AstraZeneca—, os brasileiros só devem ser vacinados com o imunizante em março porque o Brasil ficou de fora da lista de países que receberão a vacina da Índia, e a China não tem prazo para enviar os insumos para fabricação local.
Se necessário, a solução pode ser a quebra de patentes, já que o Brasil tem expertise para fabricar os insumos em território nacional.
A opinião é de Soraya Smaili, 59, reitora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a universidade brasileira responsável pelos testes da fase 3 da vacina de Oxford, a ser fabricada no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
A reitora aponta a escassez de investimentos em ciência como a principal razão para a dependência brasileira da vacina e de seus insumos.
“Nos anos 1990, o Brasil quebrou a patente de muitos medicamentos da Índia, como os que compõem o coquetel antiaids”, afirmou a reitora em entrevista ao UOL.
“Se for de interesse nacional e da indústria, a gente tem de pensar em todas as possibilidades.”
Graduada em farmácia e bioquímica, mestre e doutora em farmacologia, Smaili afirma que o Brasil não seria dependente da importação de insumos e poderia até lançar sua própria vacina se universidades e instituições como Fiocruz e Butantan recebessem investimentos suficientes.
Sem isso, a solução é esperar, ou quebrar patentes. Até lá, a reitora se dedica a convencer os brasileiros de que a Covishield é confiável. Para isso, ela mesma se voluntariou a participar dos testes na Unifesp que ajudaram a atestar a eficácia geral de 70% da vacina.
“Eu me voluntariei para dar o exemplo de que o estudo é confiável, a ciência tem método, é criteriosa. Eu tenho medo da covid, não da vacina Soraya Smaili,” disse a reitora da Unifesp.
Deu em UOL
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