A diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine, diz que a empresa farmacêutica estima fabricar milhões de doses da vacina contra a covid-19 já a partir de outubro deste ano.
A produção em larga escala, no entanto, só deve ser em 2021.
“Se tudo correr bem nas pesquisas que já estão em andamento, esperamos que em outubro ou novembro deste ano nós sejamos capazes de disponibilizar algumas milhões de doses para o mundo.”
A empresa norte-americana Pfizer trabalha em conjunto com a alemã BioNTech na elaboração da vacina contra o coronavírus. Chamada de BNT162, a vacina terá formato similar à usada para combater a gripe, sendo aplicada com uma agulha intramuscular.
Segundo Márjori Dulcine, a pesquisa está em fase avançada. Já estão sendo realizados testes experimentais em pequenos grupos de humanos. “Esse estudo tem o objetivo de determinar a segurança e imunogenicidade, o que significa a capacidade do organismo de reagir à vacina e produzir anticorpos. E também a dose ideal.”
Há 11 anos na Pfizer, Márjori deu entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, apresentador do Poder em Foco. O programa é uma parceria editorial do SBT com o jornal digital Poder360.
Os coronavírus são conhecidos desde 1960. A nova variante do vírus começou a infectar humanos no final de 2019, na província de Hubei (China).
A covid-19 se espalha em alta velocidade. Na maioria dos casos (cerca de 80%), a doença apresenta sintomas leves ou o infectado pode até ficar assintomático.
Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde classificou a expansão da covid-19 como uma pandemia. Até o final da tarde deste domingo (31.mai), o planeta já registrou 6,3 milhões casos, com 373,9 mil mortes.
A Pfizer está testando 4 tipos de vacinas em grupos diferentes com potencial de prevenir a covid-19.
O novo método do estudo permite avaliar as variações da vacina simultaneamente. A medida visa identificar a mais segura e eficaz contra a nova cepa do vírus.
Os laboratórios também estão compartilhando em tempo real os resultados da pesquisa com as autoridades reguladoras.
“O que está acontecendo agora é algo sem precedentes. O desenvolvimento clínico dessa vacina está acontecendo como nunca aconteceu antes.”
Deu em Poder360