Economia 19/05/2020 15:48

Mercados publicitários dos EUA e Inglaterra estão em ebulição

A crise está mexendo profundamente nos principais mercados publicitários do mundo, o americano, de longe o maior, representando perto de 40% do total mundial; e o britânico, o quarto maior, mas ainda o mais ativo e sofisticado.

A crise está mexendo profundamente nos principais mercados publicitários do mundo, o americano, de longe o maior, representando perto de 40% do total mundial; e o britânico, o quarto maior, mas ainda o mais ativo e sofisticado.
Entre as mudanças, a luta dos meios para vender publicidade, a fusão de diversas agências dos mesmos grupos, poucos fechamentos e até o lançamento de novas agências.

Nos EUA e UK, a queda do mercado será inevitável, mas menor que o
inicialmente esperado

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Diversas enquetes e pesquisas indicam que, nos Estados Unidos e Reino Unido, a queda do mercado será inevitável, mas menor que o inicialmente esperado, dois meses atrás.

Preventivamente, o nível de dispensa de pessoal foi elevado em Nova Iorque e um pouco menor em Londres, Chicago e Los Angeles. Houve várias fusões de agências do mesmo grupo e até alguns fechamentos – mas também algumas raras aberturas de agências.

Na segunda quinzena de maio, a perspectiva era melhor e se esperava queda para 2020, mas não tão grande como antes, no começo da crise.

A Marketing Dive encomendou uma pesquisa para a Advertising Perceptions e ouviu de uma amostra de 151 marcas que 52% pretendem retornar ou aumentar seus investimentos a partir do final de junho. Por outro lado, 42% parou tudo até mais tarde neste ano.

Enquete feita pela Campaign junto aos chefes financeiros de grandes agências nos EUA e Europa indica que dois terços deles não espera voltar a operar em seus escritórios até setembro, mas a previsão em relação à queda de receita passou de cerca de 45% em março para perto de 20% agora.

Agora, três em cada cinco deles dizem que definitivamente não estão preocupados com a viabilidade futura de suas agências, contra dois em cada cinco na pesquisa anterior, enquanto o dobro (52% em comparação com 27%) disse que ainda é muito cedo para ter certeza.

Por sua vez a Marketing Week avaliou, com base em dados da Nielsen no Reino Unido, que enquanto as verbas de viagens (queda de 48%), entretenimento (menos 17%) e de telecons (menos 15%) foram reduzidas em muito em março, as de comida, do governo e de computadores aumentaram, respectivamente 18%, 22% e 41%. Uma categoria pequena, varejo online, chegou a crescer 208%.

A semana do lockdown no Reino Unido foi o pior momento, com queda de  38%. No mês de março, a menor redução relativa foi da TV, que acabou o período com 70% de participação no bolo das mídias tradicionais.

As maiores verbas foram da Unilever e da P&G, sendo seguidas pela NHS (o SUS inglês). Os supermercados Asda, Aldi e Tesco vieram logo atrás.

Deu na Revista do CENP

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista