Governo Federal 18/03/2020 06:24
“Vamos passar 60 a 90 dias de muito estresse”, diz Ministro da Saúde
Após a confirmação da primeira morte por coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde desenha um cenário duro para os próximos meses nos país. Apesar do comportamento errático de Jair Bolsonaro com respeito à pandemia, o Governo Federal vai pedir ao Congresso o reconhecimento de estado de calamidade pública para poder gastar além do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e atender à situação emergencial.
Após a confirmação da primeira morte por coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde desenha um cenário duro para os próximos meses nos país.
Apesar do comportamento errático de Jair Bolsonaro com respeito à pandemia, o Governo Federal vai pedir ao Congresso o reconhecimento de estado de calamidade pública para poder gastar além do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e atender à situação emergencial.
O cenário que se desenha no país é grave. “Vamos passar 60 a 90 dias de muito estresse”, diz o ministro Luiz Henrique Mandetta, em um recado claro ao país nesta terça-feira.
O número de casos suspeitos quadruplicou no Brasil de segunda para terça e há pelo menos 291 casos confirmados pelo Ministério da Saúde.
No balanço dos Estados, ainda em processo de notificação, o número de casos já passa de 300. Ao menos 28 pessoas estão hospitalizadas pela Covid-19, e a projeção das autoridades de saúde é de que o número de pacientes que precisam de cuidados intensivos nos hospitais deverá dobrar a cada três dias.
A perspectiva é de que apenas em setembro a situação deva começar a voltar ao normal.
A rápida escalada da doença tem esgotado sistemas de saúde sólidos em vários países. No Brasil, o Governo já vinha atuando para reforçar leitos de UTI, equipamentos e profissionais, gargalos crônicos do SUS.
Mas agora trabalha para atuar em cenários ainda mais drásticos. Considera, por exemplo, ter de adaptar contêineres e escolas para funcionarem como unidades de saúde, caso o sistema que já atua no limite colapse. Os testes para diagnóstico também já começaram a ser racionados, com prioridade para pacientes em estado grave.
O Governo deve continuar medindo a disseminação do vírus pelo país por amostragem.
Deu em El País
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