15/04/2019 09:02

Brasil não investe em saúde e infraestrutura porque gasta muito com Previdência

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Para o secretário especial da Previdência, Bruno Bianco, as críticas à reforma da Previdência proposta pelo governo são mal informadas ou mal intencionadas.

A principal reclamação, de que a reforma pretende retirar direitos dos trabalhadores para enviar dinheiro para bancos, é, segundo Bianco, falaciosa.

O principal ponto da proposta do governo, diz ele, é criar um modelo progressivo de contribuição previdenciária, incidente por faixa de renda. Com isso, garante o secretário, em entrevista exclusiva à ConJur, quem ganha mais paga mais e quem ganha menos, contribui com menos.

A proposta de reforma já foi enviada ao Congresso, por meio de uma proposta de emenda à Constituição. Hoje, o texto está em debate numa comissão especial, para onde o ministro da Economia, Paulo Guedes, já foi convocado a dar explicações.

Para Bianco, um dos principais responsáveis pelo texto, o motivo de tanta resistência à reforma é justamente porque ela beneficia “o mais pobre” e aumenta a contribuição dos ricos. “Por que tem tanto lobby contrário à reforma? Se ela fosse contra o pobre não teria lobby, porque pobre não tem lobby”, acredita.

Outra falácia, diz ele, é a ideia de que os regimes próprios de servidores beneficiam quem já tem dinheiro e o regime geral prejudica o trabalhador.

“O pobre no Brasil já se aposenta por idade, e o rico, não. Olha como as pessoas mentem: hoje, o rico já consegue se aposentar por tempo de contribuição, o que faz com esse grupo aposente, em média, dez anos antes”, diz.

Deu em Conjur

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista