05/12/2018 10:47

Bolsonaro abre o diálogo com o Congresso e recebe MDB e PRB

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), colocou em prática a fórmula que pretende adotar no processo de diálogo com o Congresso Nacional. Ontem, recebeu as bancadas do MDB e do PRB na Câmara para conversar sobre a dinâmica do futuro governo com o Parlamento. As reuniões são um recado para as lideranças políticas.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), colocou em prática a fórmula que pretende adotar no processo de diálogo com o Congresso Nacional.

Ontem, recebeu as bancadas do MDB e do PRB na Câmara para conversar sobre a dinâmica do futuro governo com o Parlamento. As reuniões são um recado para as lideranças políticas.

Ao chamar a base das legendas para o diálogo, a coordenação política do governo deixa o aviso de que a forma de diálogo será horizontal, e não vertical. Ou seja, a conversa será feita sem necessariamente hierarquizar os congressistas.

O objetivo, explicam pessoas próximas de Bolsonaro, é evitar o contato direto com caciques da “velha política”, sobretudo aqueles suspeitos ou condenados por corrupção.

Os nomes com maior aversão no entorno político de Bolsonaro são o do senador Romero Jucá (MDB-RR), presidente nacional da legenda, e o do ex-deputado Valdemar Costa Neto, comandante do PR.

O mandatário emedebista é réu em uma ação penal resultante de uma delação da Odebrecht e foi denunciado em outros dois processos. Também é investigado pela Polícia Federal (PF) por recebimento de propina da mesma empreiteira na Operação Armistício.

Já o líder do Partido Republicano foi julgado e condenado no Mensalão a sete anos e 10 meses de prisão.

No processo de horizontalização das conversas com as bancadas, a expectativa é que ambos tenham a influência desidratada dentro das respectivas bancadas, diz o deputado eleito coronel Tadeu (PSL-SP).

“O presidente vai atender os deputados como merecem, de forma igualitária, sem olhar número de votos e influência no partido. Está na hora de prestigiar os parlamentares não com malas e cargos em troca de apoio, mas resolvendo um problema do estado ou da cidade apresentado”, avaliou.

Deu no Correio Braziliense

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista