Saúde 01/06/2018 11:01

Cuidado com as promessas dos suplementos vitamínicos

Um estuo que acaba de ser publicado no jornal do Colégio Americano de Cardiologia parece colocar um ponto final na discussão sobre a utilidade de recorrer aos suplementos vitamínicos em busca de mais proteção para o coração e o cérebro.

Um estuo que acaba de ser publicado no jornal do Colégio Americano de Cardiologia parece colocar um ponto final na discussão sobre a utilidade de recorrer aos suplementos vitamínicos em busca de mais proteção para o coração e o cérebro.
Segundo o artigo, de modo geral eles não têm qualquer interferência sobre a saúde cardiovascular. Ou seja, nem ajudam nem atrapalham. As exceções ficam por conta dos complementos de ácido fólico, que apresentam pequeno benefício para o cérebro.
Realizada pelos pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, a pesquisa também concluiu que suplementos de niacina (vitamina B3) e de antioxidantes na verdade estão associados ao aumento do risco de morte por doenças.
A análise da eficácia dos suplementos sempre foi pautada por conclusões discrepantes. Apesar dos desencontros de informações, o consumo desses recursos mantém-se alto.
Nos EUA, por exemplo, mais de 50% dos adultos tomam algum tipo de suplemento. No Brasil, a indústria de suplementos cresce 15% ao ano desde 2010.
O trabalho apresentado propôs-se a analisar os resultados de 179 pesquisas realizadas entre 2012 e 2017. Os cientistas descobriram que os quatro suplementos mais consumidos (multivitamínicos, vitamina D, cálcio e vitamina C) não apresentaram evidências consistentes de benefícios na prevenção de infarto ou de AVC.
“O único exemplo de eficácia foi o uso de ácido fólico”, afirmou à ISTOÉ o coordenador do trabalho, médico David Jenkins.
Deu na Istoé

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista