Judiciário 03/04/2018 08:31
Sessão sobre Lula rende 1,3 milhão de menções no STF
Nos últimos dez dias, de 17 a 27 de março, houve novo reaquecimento do debate público sobre o Supremo Tribunal Federal e os 11 ministros, que, em momentos e por razões diferentes, se alternaram como protagonistas de alguns dos principais temas em discussão no país — e, às vezes, bem mais protagonistas do que o próprio Supremo, enquanto instituição.
Nos últimos dez dias, de 17 a 27 de março, houve novo reaquecimento do debate público sobre o Supremo Tribunal Federal e os 11 ministros, que, em momentos e por razões diferentes, se alternaram como protagonistas de alguns dos principais temas em discussão no país — e, às vezes, bem mais protagonistas do que o próprio Supremo, enquanto instituição.
A começar, em 19 de março, por Cármen Lúcia, citada 83,5 mil vezes em Twitter, sites de notícias e blogs, em um espaço de apenas 24 horas, por causa da viralização da hashtag #resistaCármenLúcia, que instava a presidente da Casa a não votar novamente a prisão em segunda instância.
Depois, o bate-boca entre Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso não só concentrou os holofotes sobre o STF, como se converteu rapidamente em um dos temas mais debatidos pelo país na tarde de quarta-feira (21).
De 0h de quarta às 14h de quinta, quando começou o julgamento sobre Lula no Supremo, Gilmar foi citado 63,6 mil vezes, e Barroso, 55 mil vezes. No mesmo período, Cármen Lúcia é mencionada em 40,1 mil publicações.
Até então, o principal eixo de discussões relacionadas ao STF pairava sobre a eventual votação do habeas corpus preventivo de Lula, com amplo predomínio de atores de oposição ao ex-presidente engajando o debate.
Com a sessão de quinta, o Supremo adquire exposição muito maior e mais crítica, sendo questionado principalmente por supostamente impedir avanços consolidados pela operação Lava Jato e “permitir” a candidatura de Lula.
Dessa forma, o STF passou a motivar maior rejeição nas redes sociais, seja enquanto órgão maior da Justiça brasileira — como síntese de grupos com visão negativa sobre o Judiciário —, seja pela opinião individual sobre diversos ministros.
Somente de 17 a 27 de março, o STF foi mencionado 1,3 milhão de vezes em Twitter, sites de notícias e blogs, com pico na quinta (22) de 276 mil publicações.
A título de comparação, de 1º de fevereiro a 17 de março, o Supremo foi citado 996 mil vezes (ou seja, menos que nos últimos dez dias).
Desde o dia 17, Cármen Lúcia respondeu por 204 mil postagens; Gilmar Mendes, 150,7 mil menções; Barroso, 83 mil; bem atrás, o quarto ministro mais mencionado foi Marco Aurélio Mello (36,2 mil), porque saiu mais cedo da sessão sobre o habeas corpus de Lula e impulsionou reclamações sobre as “regalias” do STF e do serviço público ao “enforcar” a Semana Santa — a viagem de Gilmar a Portugal suscitou as mesmas críticas.
Também é interessante destacar que a ministra Rosa Weber, que sempre figurou entre os membros da Casa com menor debate na web, adquiriu elevada proeminência ao longo da semana, assim como o decano Celso de Mello. Weber, cujo voto na prisão em segunda instância é visto como “incógnita”, foi mencionada em 29,8 mil publicações nos últimos dez dias, e Celso de Mello 21,5 mil vezes.
Deu em JOTAAO
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