Sem categoria 10/07/2014 09:47

Temerosa, Dilma tenta fugir do "efeito Copa"

Por fatorrrh_6w8z3t

Um dia após a humilhante derrota do Brasil para a Alemanha, a presidente Dilma Rousseff ajustou o discurso para neutralizar o “efeito Copa” sobre a campanha da reeleição.
Com medo de que o mau humor com a seleção respingue na campanha, a presidente e sua equipe tentam separar o “joio do trigo”, concentrando as energias na defesa da “administração” do Mundial.
A ordem no Palácio do Planalto é “virar a página” do que Dilma definiu como “pesadelo” e baixar o tom do mote “Copa das Copas”, com o qual o governo pretendia bater o bumbo na campanha. No lugar do ufanismo, entra agora a retórica da “volta por cima” e da capacidade de superação do brasileiro nas adversidades, além da organização “impecável” do evento.
A equipe da campanha dá como certo que Dilma será hostilizada na final da Copa, no domingo (13), quando a presidente entregará a taça ao campeão, no Maracanã. Ministros e coordenadores da campanha petista acreditam que o “efeito Copa” não dure até a eleição, em outubro.
O temor, agora, é que o fim antecipado da catarse coletiva alimente novos protestos, que podem ser disseminados e atingir “tudo o que está aí”, mirando em Dilma e na alta dos preços — e consequentemente nos índices de inflação – por causa da Copa.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que assistiu ao jogo do Brasil em Belo Horizonte, defende que é um erro transmitir a insatisfação com o esporte para a política.
— Quem tentar transferir para o campo da política eleitoral uma derrota no futebol dará um tiro no pé. A politização é simplesmente ridícula.
Para Cardozo, a goleada sofrida pelo Brasil “não muda em nada” o caráter da Copa, nem da segurança e da organização do evento, “que estão sendo aplaudidos pelo mundo inteiro”.
O chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que na terça-feira (8) admitiu a preocupação do governo com a possibilidade de volta das ações violentas dos black blocs, nesta quarta-feira (9) disse que “o desastre com a seleção brasileira não é o desastre com a Copa”.
— Precisamos cuidar para que tudo continue dando certo.
Deu no ESP

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista