Pellegrini utilizou um copo alto com boca de trombeta para exemplificar esse regra geral. O recipiente tem uma boca mais larga e linhas retas na maior parte do comprimento. Conforme a cerveja é consumida, a área de contato do líquido com a atmosfera é menor e diminuiu a transferência de calor, mantendo a cerveja gelada por mais tempo.

Ou seja, copos com trechos mais largos na base ou ao longo do corpo não são ideais para manter a cerveja fresca. É o caso dos copos tulipa, bem comuns em bares e casas brasileiras. O ideal é um copo maior na boca, que diminui até chegar na base.

Mais ou menos assim:

Estudo pode orientar fabricação de vidros e copos

O estudo se baseou apenas em copos de vidro, não naqueles que usam isolamento térmico (como o copo Stanley). Ele também sugeriu adaptações que fossem próximas da realidade, como remodelações dos copos já conhecidos pelos brasileiros.

De acordo com Cláudio Pellegrini, à Revista Pesquisa Fapesp, a descoberta pode ajudar na fabricação de vidros mais eficazes, já que o design ideal ainda não foi produzido.

A pesquisa foi publicada no repositório arXiv em outubro do ano passado, mas ainda não foi revisado por pares. O artigo é uma atualização de um estudo anterior, de 2019, publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física.