Sem categoria 15/01/2014 05:59
O strike de Agnelo
A pergunta é do repórter Joaquim Pinheiro, do Jornal de Hoje:
JH – Qual será o posicionamento político do PDT com relação a alianças políticas nas eleições deste ano?
A resposta é do deputado estadual Agnelo Alves:
AA – Não tenho pretensões de liderar o PDT, mas gosto de ouvir os correligionários. Posso afirmar, entretanto, que a aliança política do nosso partido nas eleições deste ano será de apoio a um nome do PMDB para o Governo do Estado.
Observação do Fator RRH:
A reposta do experiente político potiguar provoca quase que um strike (aquela jogada do boliche onde o jogador derruba todas as peças) político.
1- Derrubou de vez a especulação de uma suposta candidatura do filho, o atual Prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, a Governador do Estado ainda este ano;
2- Derrubou a expectativa do atual Vice Governador Robinson Faria, do PSD. Faria sonhava e até chegou a ouvir, com o apoio do Prefeito de Natal para sua candidatura ao Governo;
3- Derrubou a repetição de uma possível aliança com o PSB, da vice Prefeita Vilma de Faria, a exemplo do que ocorreu para a Prefeitura de Natal. Carlos Eduardo apoiaria o nome de Vilma para o Governo do Estado;
4- A intenção do PDT em apoiar um nome “do PMDB para o Governo do Estado”, derruba também a tradição da política, que é anunciar apoio a candidaturas já públicas, aceitas, aprovadas. No caso do PMDB, as principais lideranças anunciaram o apoio a Fernando Bezerra, mas o partido – e o próprio FB – ainda não assumiram oficialmente. Com a decisão do PDT o PMDB vai apressar o passo e construir de vez a sua candidatura. De passagem a declaração de Agnelo Alves ainda diz aos eleitores do PMDB que o partido terá sim candidato a Governador. Ora, o PDT até já anunciou o apoio. Nada mudará se o nome não for o de Fernando Bezerra. Por uma hipótese remotíssima o nome for o do Presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves ou o do Ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, para o PDT nada altera. Tá dentro;
5- O ingresso do PDT na aliança majoritária com o PMDB vai mudar também a arrumação da chapa, podendo o partido pleitear espaços na composição. A vice Governadoria, o Senado ou mesmo uma suplência. Isso muda muita coisa. Pode também reforçar a chapa proporcional, para deputado estadual e federal. Também desarruma acordos pré-estabelecidos. Vai começar a correria dos candidatos proporcionais, com régua e compasso, para saber quem vai se salvar;
6- Ao contrário do PT, que condiciona as alianças que não contemplem o DEM e o PSDB e ainda ao apoio do nome da deputada federal Fátima Bezerra para o Senado, o PDT simplesmente disse que apoia o nome do PMDB. Sem nada pedir em troca, por enquanto. Neste caso fez um “rolezinho” no jeito petista de negociar politicamente;
7- A agilidade do PDT atropelou – e deixou isolados – o PSD e o PT. Os dois agora podem conversar mais abertamente e decidirem se caminham para um voo aliado em 2014, compondo as chapas majoritária e proporcional. Já que não há hipótese dos dois partidos caminharem com a Governadora Rosalba Ciarlini, do DEM;
8- PSD e PT podem ainda tentar atrair o PSB da Vice Prefeita Vilma de Faria. Mas aí a arrumação da chapa fica complicada. Robinson Faria é candidato a Governador e Fátima Bezerra ao Senado. Oferecer lugar de deputado federal para Vilma de Faria é oferecer o que ela já tem. Com folga. Se VIlma topar sair para o Governo com o PSD e o PT, quem cai aí é a intenção de Robinson Faria. Aconbtece que o PT já anunciou que não fará composição com o PSB, em razão da disputa nacional entre Dilma e Eduardo Campos.
9- A Governadora Rosalba Ciarlini gostará da criação de uma terceira via na disputa eleitoral, dividindo as oposições. Hoje ela conta com o apoio do DEM, do PP e do PTB. Poderá contar com o PSDB, liderado aqui pelo ex-secretário Rogério Marinho. Aí teria um grande tempo de rádio e tv para defender o governo;
10 – A repetição das alianças nacionais nos Estados é quase sempre improvável. Ou impossível. Aqui prevalecem os interesses regionais. A Presidente Dilma vai perguntar somente se votam nela. Se sim, as composições estão livres nos Estados. Palanques para Dilma, Aécio, Eduardo Campos.
11- Dificilmente o PT local sairá com chapa puro-sangue para o Governo e o Senado. Corre um grande risco, na majoritária e na proporcional.
Descrição Jornalista
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